Prevista para ficar pronta em dezembro de 2012, a Arena do Grêmio terá 270 lugares para pessoas com necessidades especiais. Em reunião na tarde desta quinta, no Olímpico, o presidente da Grêmio Empreendimentos, Eduardo Antonini, e o presidente do Grêmio Paulo Odone, receberam representantes da Associação Canoense de Deficientes Físicos (ACADEF) para explicar a questão da acessibilidade no novo estádio tricolor.

— A acessibilidade sempre foi uma de nossas prioridades, desde a concepção da Arena — ressaltou Antonini.

Surpresos e honrados com a iniciativa, os cadeirantes se entusiasmaram ainda mais com a nova casa tricolor.

— Isso é inédito no Brasil. Nunca vi nenhum clube convidar cadeirantes para participar de um projeto — destacou Osório Portela Martins, morador de Canoas, cadeirante e torcedor atuante.

 
Imagens da construcao da Arena. Fotos: Fernando Gomes

Além dos acessos por rampas e dos 18 elevadores, a construção contempla espaços especiais para assistir aos jogos e sanitários apropriados. O topo da arquibancada inferior reserva 60 lugares para pessoas com cadeiras de rodas e respectivos acompanhantes sem obstáculos físicos. Além de mais 44 lugares para obesos e 66 para pessoas com mobilidade reduzida.

Na arquibancada Gold (sobre a inferior), acessando por elevadores, serão 40 lugares para cadeirantes e respectivos acompanhantes, 20 para obesos e 40 lugares para pessoas com mobilidade reduzida. Os portadores de necessidades especiais também poderão acessar os camarotes através dos elevadores.

Com quatro níveis de arquibancada, o novo estádio vai comportar um total de 54 mil torcedores. Em todos os pavimentos estão projetados sanitários com lavatórios adaptados para portadores de necessidades especiais. Na arquibancada inferior, o público PNE terá 35 sanitários completos (com vaso, lavatório e barras de apoio). No nível 2, onde ficará localizada a arquibancada Gold, e também no nível 4, onde ficará a arquibancada superior, serão mais 30 sanitários completos em cada nível. A arquibancada Vip reserva oito sanitários completos.

Na área dos estacionamentos, 50 vagas serão destinadas aos deficientes físicos. Para os deficientes visuais, o projeto contempla leitura em braile desde os corrimões e sistema de voz em todas as dependências.

— Um projeto de acessibilidade não pode ser modulado depois de pronto. Tem que ser construído desde a sua concepção e é isso que estamos fazendo para atender a essa necessidade especial — disse Eduardo Pinto, diretor da construtora OAS.