A madrugada gremista foi interrompida por um foguetório de meia hora em Huánuco. O barulho só parou quando o segurança Fernandão se irritou, saiu do hotel e encarou os torcedores do León.

Por volta da 1h, uma bateria de fogos acordou a delegação. O Grêmio está hospedado em um hotel de estilo colonial, de apenas dois andares, numa construção do início do século passado. Situado em frente à Plaza das Armas, no lado oposto da prefeitura, o hotel é ponto de referência na cidade.

Nem seu endereço central impediu a ação dos torcedores do León. A primeira bateria foi na praça, bem diante da porta do hotel. A segunda na rua lateral. A terceira começou a ser espocada e parou quando o segurança Fernandão, quase 2m e mais de cem quilos, saiu para encarar os torcedores do León.

— Me irritei, perdi o sono. Fui lá ter uma conversa com os caras. Nem me dei conta que estavam com foguetes na mão — disse um insone Fernandão no fim da manhã peruana.

Depois da intervenção do segurança, a polícia reforçou o efetivo em frente ao hotel e os fogueteiros tomaram o caminho de casa. O vice de futebol, Antônio Vicente Martins, colocou em seu twitter o registro da noite maldormida.

— O Fernandão teve trabalho — comentou o dirigente pela manhã.

Interromper o sono dos times visitantes é uma prática dos torcedores locais. Quando algum grande de Lima (Alianza, Universitário ou Sporting Cristal) vem a Huánuco, passam a noite ouvindo o som de bumbos, pratos e tambores.

O requinte do foguetório se explica pelo fato de o jogo contra o Grêmio ser encarado como uma decisão. É a terceira partida internacional da vida do León jogando em casa. E a primeira contra um brasileiro.

>>> Torcedor segue o Grêmio pela América do Sul
>>> Vicente: Libertadores é a competição mais difícil