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Esportes  | 17/03/2011 09h15min

"O guerreiro está ferido, mas não está morto", avisa André Lima

Atacante iniciou fisioterapia nesta quarta e pode ficar parado por cerca de dois meses

Tatiana Lopes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com

Abre-se a porta do vestiário com saída para a sala de conferências do Estádio Olímpico, e André Lima aparece de muletas, com a perna direita imobilizada por uma proteção que vai do tornozelo até a coxa. A cena, um pouco angustiante, logo deu espaço aos sorrisos. Bem-humorado, o atacante do Grêmio tratou de mostrar seu otimismo após passar por cirurgia no joelho, onde sofreu uma luxação na rótula (ou patela), durante a final da Taça Piratini do Gauchão.

— O guerreiro está ferido, mas não está morto! - disse o jogador, sorrindo, ao receber a reportagem do clicEsportes para uma entrevista exclusiva nesta quarta, em seu primeiro dia de fisioterapia.

André Lima foi operado no último sábado pela manhã, no hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, e recebeu alta na tarde de segunda. O pensamento do jogador é de seguir à risca o tratamento, sem pular etapas, para tentar, quem sabe, antecipar o retorno aos gramados. O prazo de recuperação vai de 45 a 60 dias, e pode se estender para 90, dependendo da evolução, segundo o próprio atacante.

— O mais difícil já passou, que foi a lesão e depois a cirurgia. Ainda mais que eu estou vivendo um momento tão bom. Não deu nem tempo para pensar, em dois dias já estava no hospital para operar. Agora é concentrar na fisioterapia e fazer tudo certinho para voltar o mais rápido possível — comentou.

Foto: Tadeu Vilani


O início do tratamento consiste em aplicação de gelo no local lesionado e exercícios para recuperar a musculatura. E sem folga. De acordo com a programação da fisioterapia, André Lima precisa ir ao Olímpico todos os dias, pela manhã e à tarde.

Fora do estádio, mais cuidados em casa. E é no conforto do lar que o "Guerreiro Imortal" se torna mais um integrante da torcida tricolor para apoiar a equipe neste período que permanecer afastado.

A partir desta quinta, às 17h, ele passa a torcer ao lado da esposa, Bárbara, e das filhas Lívia e Agatha. O Grêmio enfrenta o León de Huánuco, no Peru, pela Libertadores.

— Estarei em casa, sentadinho, com a perna para o alto e fazendo gelo, torcendo pelo Grêmio com a família. Nessas horas a família é o conforto — disse o atacante, que aguarda o retorno das filhas, que foram ao Rio de Janeiro, para sexta.

No primeiro jogo entre Grêmio e León, no Olímpico, os peruanos se fecharam e foi difícil furar o bloqueio. Aos 42 minutos do primeiro tempo André Lima abriu o placar de cabeça, após falta cobrada por Douglas.  No segundo tempo, Borges ampliou de pênalti e o placar fechou em 2 a 0. Dentro de casa, André Lima acredita que o adversário sairá mais para o jogo, sem abandonar a retranca, pelo menos no começo da partida.

Foto: Ricardo Duarte


— Posso até estar enganado, mas eu acho que eles vão começar do mesmo jeito que começaram aqui. E com o decorrer do jogo eles vão começar a sair, porque eles têm a obrigação de ir para a frente para vencer. Mas tenho certeza que o Renato sabe muito bem disso e vai explorar o melhor possível para sair com os três pontos — projetou.

Pensamento otimista

Na próxima semana, André Lima acredita que já abandona as muletas. Dependendo da evolução da recuperação, pode ser que Renato se veja obrigado a substituir o atacante na lista da Libertadores. O próprio técnico já cogitou essa possibilidade publicamente, em uma de suas entrevistas coletivas. Caso o time se classifique, tem o direito de trocar mais três nomes na relação dos 25. Isso, no entanto, não ocupa o pensamento do jogador. Ele se mostra tranquilo sobre o assunto.

— Não me preocupa. O tempo é que vai dizer as coisas. Fico triste pela lesão, mas agora não é o momento de pensar nisso. Tenho que focar na recuperação — ressaltou.

Autor de cinco gols antes da lesão - três deles na Libertadores -, André Lima não deixa de pensar positivo. Mentaliza uma recuperação rápida para voltar a jogar e também a disputar a artilharia pelo Tricolor.

— Daqui a pouco meu corpo reage de outro jeito e eu volto antes... Se perguntar para mim, eu quero voltar em um mês, mas não podemos atropelar — disse o atacante, que já projeta, assim que puder, ir ao Olímpico apoiar o Grêmio junto com a torcida.

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