Tamara Dallafavera permanece internada em estado estável no Hospital Santa Inês, de Balneário Camboriú. A menina de 11 anos, que estava no banana boat atropelado por uma lancha de passeio no sábado, em Balneário Camboriú, está em um quarto isolado, para evitar possível infecção hospitalar.

Nesta quinta-feira, a equipe que cuida dela, composta por seis médicos, fará uma avaliação detalhada da reação da menina aos medicamentos e à cirurgia de enxerto.

- Hoje, há 90% de chance de recuperação sem nenhuma complicação. Ou seja, sem precisar amputar a perna - informou o chefe da Ortopedia do Santa Inês, Jaul Gaya.

Porém, de acordo com o médico, existe a possibilidade de Tamara ficar com uma perna maior do que a outra. Isso porque a cartilagem de crescimento de uma das pernas foi esmagada durante o acidente. Somente nesta quinta-feira, depois de uma avaliação completa do estado de saúde, é que os médicos poderão dizer se há necessidade de mais alguma cirurgia.

De acordo com o doutor Gaya, pela pouca idade da menina, a calcificação dos ossos é mais rápida. O médico acredita que em 30 dias eles já comecem a se calcificar. O tratamento ortopédico da criança durará cerca de três meses.

Tamara deu entrada no hospital no sábado, logo depois do acidente. Ela passou uma cirurgia que durou seis horas. Os médicos realizaram o enxerto de tecidos nas duas pernas da menina. O restante do corpo atingido passou por reconstituição.

Ela apresentava sete lesões pelo corpo: fratura exposta no anel pélvico (região da bacia), semiamputação na perna esquerda, fratura exposta no fêmur direito (osso da coxa), fratura exposta na mão direita, lesão no tendão patelar (osso do joelho), lesões nos tendões do antebraço direito e ferimentos em toda a região do períneo e da coxa direita, com grave perda muscular.