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Esportes  | 08/03/2011 11h14min

"Mordido", Tinga pode ajeitar o Inter

Volante, que joga e faz os outros jogarem, tem arrasado nos treinos

Diogo Olivier  |  diogo.olivier@zerohora.com.br




Lembro bem quando o tecnico Tite, então no Grêmio
, o chamava de motor. Se o perdia por algum motivo, no começo da década passada, advertia sempre que o time jogaria sem o seu "motorzinho" de meio-campo.

E, portanto, cairia de rendimento. Faltaria ''torque'', dizia o técnico líder do Paulistão 2011 no Corinthians, sem Ronaldo e com Liedson.

Volto no tempo por conta do retorno de Tinga ao Inter. É uma volta que deve ser festejada.

Foto: Ilustração de Gonza Rodríguez

Ele pode não ser rigorosamente o mesmo de quando tinha 20 e poucos anos, mas aposto que é capaz de retomar aquele patamar. Aliás, nem será preciso reeditá-lo na mesma medida.

Se Tinga chegar perto do futebol mostrado na Libertadores de 2006 e durante o período na Alemanha, só um lunático o deixaria na reserva.

É um jogador tão profissional, dedicado e vencedor que é preciso ter cuidado ao duvidar do seu rendimento. Ou decretar que trata-se de um ex-jogador por conta de uma fase nem tão boa assim ou alguma lesão que impeça uma sequência ideal de partidas.

Pelo que sei, ele está "mordido" por suspeitarem de sua força e fôlego.

Quer calar os críticos. Isso é bom, muito bom, para o time.

Faço esta introdução para dizer que pode estar aí, em Tinga, a chave para ligar o motor do Inter de Celso Roth.

Se Tinga engrenar, ele engrena o Inter. 
Tinga joga e faz os outros jogarem
A máquina toda funciona melhor. 

Bem entendido: sou a favor do ingresso de um atacante para a saída de um volante. Tiraria Wilson Mathias e colocaria Cavenaghi ou Rafael Sobis.

O time ficaria assim: Lauro; Nei, Bolívar, Índio (ou Sorondo: quem estiver melhor) e Kléber; Bolatti, Guiñazu, Tinga e D'Alessandro; Cavenaghi (ou Sobis, quem estiver melhor) e Damião.

Apesar da teimosia de Celso Roth em manter o 4-2-3-1 só com Damião lá na frente, o esquema com um avante de ofício pode dar certo. Mas vai depender muito (muito mesmo), de Tinga e dos laterais Nei e Kleber.

Agora, se Roth mantiver o 4-2-3-1 e não liberar Nei e Kleber para serem mais atacantes do que zagueiros, bem, aí nem por milagre.

Aí é melhor colocar goleiras nos lados do campo para alcançar a sonhada contundência ofensiva.

Bem, mas o fato é que a volta de Tinga — que tem arrasado nos treinos — pode ser o fato novo capaz de desencadear uma série de melhorias no rendimento do Inter.

É a questão mais interessante, de longe, a ser observada na retomada do Inter no Gauchão, quinta-feira, contra o Ypiranga.


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