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Esportes  | 06/03/2011 09h13min

Dúvidas sobre modelo de negócio ideal para o Beira-Rio também dividem a torcida do Inter

Em enquete, 64,6% dos internautas responderam que preferem a parceria com uma construtora, mas 35,4% entendem que o melhor é bancar a obra

Faltando pouco mais de uma semana para o dia em que será definido como será feita a reforma de modernização do Estádio Beira-Rio, a torcida colorada ainda se mostra dividida. Do total de 2.914 internautas que já haviam participado até as 18h deste sábado, dia 5, de enquete proposta pelo clicEsportes sobre o assunto, 1.882 (64,6%) elegeram como ideal o modelo de parceria com uma construtora. Outros 1.032 (35,4%) votantes preferem que o clube utilize recursos próprios.

>> ENQUETE: que modelo de negócio você prefere para a realização das obras do Beira-Rio? Vote até o dia 14

O modelo de parceria é o defendido pelo atual presidente colorado, Giovanni Luigi, e pelo homem-forte das finanças, o executivo Aod Cunha. A direção já está em negociações avançadas com a construtora Andrade Gutierrez. Já o ex-presidente Vitorio Piffero entende que o clube tenha que bancar a obra.

Entenda o impasse das obras de reforma do Beira-Rio

O Inter tem pressa. Como clube, precisa que seu Conselho Deliberativo decida o mais breve possível qual será o modelo adotado para dar andamento às obras de modernização do Beira-Rio para não correr risco de deixar de ser o palco de jogos da Copa 2014. Nessa semana, uma reunião tensa do colegiado colorado apontou clara divisão de ideias entre a atual e a antiga gestão em relação às alternativas que podem ser tomadas.


Foto: Jean Schwarz

Enquanto o ex-presidente Vitorio Piffero defende que a obra possa ser feita com recursos próprios, assim como Pedro Affatato e Emídio Ferreira, a atual gestão do presidente Giovanni Luigi prega o contrato com a construtora Andrade Gutierrez. A empresa bancaria toda a obra e ainda entregaria ao Inter um centro de treinamentos. Em troca, exploraria durante 20 anos ativos que o clube ainda não dispõe, como por exemplo um shopping, um edifício garagem para 3 mil veículos, novas suítes e cadeiras.

Com as obras saindo dos cofres do clube como estão até o momento – com 90% das fundações já concluídas para a cobertura do estádio –, o orçamento saltou dos antigos R$ 150 milhões para R$ 253 milhões. Com a venda do Estádio dos Eucaliptos por R$ 28 milhões, o clube conseguiu arrecadar o montante equivalente a um quinto do valor orçado  recentemente. Quem defende a parceria, alega que esse modelo traria prejuízos para o futebol.

Uma nova reunião do Conselho Deliberativo está marcada para o dia 14 de março. Se os 344 membros estiverem com as dúvidas dirimidas, pode haver votação no mesmo dia. Caso contrário, um novo encontro deve ocorrer no dia seguinte.

Apesar de a atual gestão ser favorável à parceria com a Andrade Gutierrez, o presidente Giovanni Luigi garante que o conselho é soberano e que a obra será executada mesmo que os membros optem pelo clube arcar com os custos.


Foto: Adriana Franciosi

Os obras no Beira-Rio foram inauguradas oficialmente no fim de julho de 2010, em evento que contou com a presença do então presidente Lula. Mas só começaram a ficar mais evidentes em setembro, quando as estacas começaram a ser fincadas na área externa para a implantação da cobertura. Apenas em dezembro, depois do Brasileirão e enquanto o Inter disputava o Mundial de Clubes, a arquibancada inferior começou a ser destruída – até o início de março um quarto do anel já foi demolido.



Foto: Ricardo Duarte


A parceria com a construtora na balança:

PRÓS
> O Inter não se endivida
> A Copa estaria assegurada no Beira-Rio
> O clube garantiria todas as melhorias bancadas pelo Estado no entorno do complexo Beira-Rio
> O custo da remodelação do estádio é de R$ 253 milhões
> O custo inclui edifício-garagem, área vip e novas suítes (durante 20 anos serão exploradas pela empreiteira)

CONTRAS
> O clube perderia a autonomia sobre o novo edifício-garagem, suítes e nova área vip por 20 anos
> A parceria seria somente para o estádio, sem trazer benefícios para o complexo
> O Inter teria condições de bancar todas as obras com recursos próprios, ficando também com 100% dos lucros do novo estádio
> O custo estimado da remodelação do estádio é de R$ 150 milhões
> Não prevê remodelação na área próxima ao Beira-Rio, como construção de edifício-garagem, área vip e novas suítes

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