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Esportes  | 01/03/2011 11h26min

Quem cabeceia na área do Grêmio?



É matemática, eu sei.
Não é um fim em si mesmo, também sei.
Mas é um fato.

Retire o goleiro Victor e os zagueiros Paulão e Rodolfo para efeito de tomar a média oficial de altura do Grêmio, o time que mais toma gols de cabeça deste começo de temporada.

Dá 1m77cm.

E olha que é sempre prudente desconfiar da altura oficial dos jogadores. É bem comum a fita métrica de clubes, assessores de imprensa e empresários terem um padrão diferenciado, curiosamente sempre puxando para cima a estatura de seus afiliados.

Daniel Passarella era baixo, tinha só 1m74cm, mas quando pulava parecia um foguete na direção do céu. Devia ter molas propulsoras nas chuteiras. Ergueu a taça de campeão do mundo da Argentina, na Copa de 1978, tirando todas pelo alto. Além de guardião eficiente, era goleador: fazia gols de pênalti, cobrando falta e, claro, de cabeça. 

É possível, portanto, ser baixo (ou não ser alto) e eficiente na bola aérea.
Não é o caso do Grêmio.

No Grêmio, tirando os zagueiros, só André Lima
tem produtividade acima da média na bola aérea defensiva. Em tempo: se for bola rolando, André Lima estará longe de Victor. Portanto, só dá para contar com ele em escanteios.

Numa defesa, ao menos um dos laterais e um volante têm que pular, seja pela altura ou pelo notório saber neste fundamento.

Adilson, Douglas, Lúcio, Gabriel, Borges, Gilson, nenhum deles chega perto de um Passarella, embora alguns sejam até mais altos do que o atual presidente do River Plate. Vou além: estes mal tocam a cabeça na bola como zagueiros.

Alguém poderá dizer que Rochemback ajuda. Concordo, mas acrescento: o cabeceio não é a primeira, nem a segunda, talvez sequer a sua terceira virtude. Antes estão o lançamento, o passe e o chute.

Enfim: o fato é que o time do Grêmio é ineficiente nas disputas pelo alto em sua área nesta alvorada de 2011.

Se o time adversário tiver dois atacantes grandes e mais um ou outro de boa estatura, está feita a confusão, como se viu na Colômbia, contra o Junior. E no Uruguai, diante do Liverpool. E contra o Cruzeiro (POA), o Caxias...

Aí pode estar uma explicação para tantos gols sofridos de cabeça (46% em 2011).

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