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Esportes  | 19/02/2011 09h10min

Jovem zagueiro recusa propostas do Exterior para ficar no Grêmio

Gerson, dos juniores, tem várias passagens pelas seleções de base

Tatiana Lopes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com.br

Jogar em um clube europeu é um sonho comum entre garotos brasileiros. Assim que aparece uma oportunidade, saem rapidamente, seduzidos, mesmo antes de mostrar no próprio país o que sabem fazer. Na contramão dessa tendência, alguns preferem adquirir experiência e tornarem-se conhecidos por aqui antes de investirem na carreira no Exterior. É o caso de Gerson, zagueiro dos juniores do Grêmio e com passagem pela seleção nacional.

Aos 18 anos — completados em outubro de 2010 —, ele acredita que fez o certo. Recebeu propostas, ouviu recomendações de seu antigo empresário, mas preferiu ficar no Grêmio, clube que defende há 11 anos.

— Tinha coisas boas para fora, mas queria ficar. Sempre tive essa vontade, treino desde sempre para jogar no Olímpico, para poder estar no profissional. Minha mãe sempre falava que eu ia ter dinheiro de qualquer jeito. Ela dizia que eu era bom, levava a sério, fazia tudo certo — disse o zagueiro.

Foto: Tatiana Lopes, Arquivo

Foi em 2009 que surgiram algumas possibilidades mais fortes para Gerson sair do Grêmio. Na época, a direção tricolor estudava a renovação de contrato do jogador, que se encerrava em 2011. Como era tido como uma promessa, entendeu-se que um esforço poderia ser feito para mantê-lo. O novo vínculo foi definido em 2010, com a prorrogação até 2014.

A família de Gerson também foi um fator importante para a decisão do jogador de permanecer no Brasil por mais tempo.

— Eu falava com meus pais, avaliamos se a gente ia mais pelo lado financeiro, ou se eu realmente ficava onde eu queria, no Grêmio. Fui tendo que esperar, deixando rolar para ver o interesse do Grêmio, as oportunidades, para não tomar decisão precipitada. Faltando um ano para encerrar (o contrato) o Grêmio veio mais forte, resolveu investir e deu tudo certo — lembrou.

Seleção ajudou a amadurecer

As várias passagens pela seleção brasileira de base ajudaram o jogador a ganhar amadurecimento. Gerson veste a amarelinha desde 2006 e coleciona taças nas divisões formadas pela CBF, como do Campeonato Sul-Americano Sub-15 e do Sub-17. Nas duas categorias, foi capitão da equipe.

Foto: CBF, Divulgação

— Meu amadurecimento se deve muito à seleção, com as experiências que ela proporciona, como jogar contra outras seleções, os melhores de outros países, outros esquemas, outras táticas — comentou.

Recuperação no Grêmio

No ano passado, Gerson sofreu uma lesão no ombro, e ficou afastado dos treinos e dos jogos durante quase dois meses. Em novembro, passou por uma cirurgia, e se recupera desde janeiro fazendo atividades físicas. Trabalhos com bola também são permitidos, desde que não gerem choque ou queda. Ele projeta um retorno aos gramados em breve, no final de fevereiro.

Enquanto isso, aproveita para conversar com seus companheiros da base que subiram recentemente para o grupo profissional, como o meia Pessalli e o volante Mateus Magro. O próximo objetivo de Gerson é alcançar o que os amigos já conquistaram.

— A gente conversa sempre, a gente é amigo, sempre se fala. Eles falam que o ritmo e a rotina mudam muito. E que aumenta a pressão também.

Altura é problema?

Gerson é zagueiro e também atua como volante. E mede 1m80cm. Acostumado a ouvir comentários sobre a altura, ele garante que nunca teve problemas com isso.

Foto: Fernando Gomes, Arquivo

— Fui titular no Grêmio e na Seleção. Os melhores zagueiros que eu conheço não são altos, às vezes até nem fortes eles são — comentou.

Um dos jogadores da posição que ele admira é Carles Puyol, do Barcelona, que mede 1m78cm, segundo o site oficial do clube. Mauro Galvão, que marcou seu nome tanto no Grêmio como no Inter, também está na lista dos zagueiros que Gerson admira.

— Eu gosto de ver vídeos das atuações do Mauro Galvão — contou.



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