São dois os fatores que esquentam o debate. O primeiro é a provável necessidade de Tinga deixar o time até curar o problema no tendão de Aquiles. O segundo é o entusiasmo dos dirigentes com a atuação no empate em 1 a 1 contra o Emelec. A pergunta: três volantes e só Damião lutando bravamente contra os zagueiros na condição de atacante genuíno são a nova ordem no Beira-Rio?

Há controvérsias, mas o modelo que saiu jogando em Guayaquil larga na frente. O vice de futebol Roberto Siegmann o defende abertamente. Pode ser contestado pelos argumentos, mas jamais por fugir de externar sua opinião. A postura clara nas questões do Inter, do time às obras no Beira-Rio, têm sido uma marca positiva de sua gestão no futebol.

A defesa do técnico está neste contexto. Mesmo que o faça em meio ao fogo cruzado da torcida, que incendiou o coro de “Fora, Roth” na internet assim que saiu a escalação contra o Emelec. A entrada de Rodrigo, um zagueiro que não joga há meses, no lugar de Bolatti, no segundo tempo, ofereceu mais munição para o bombardeio na web.

— Não é um esquema defensivo em excesso. É um esquema responsável. Sou a favor de mantê-lo fora e dentro de casa. De repente, de acordo com o andamento do jogo, pode ter mais um atacante. Mas o esquema está aprovado — defende Siegmann.

O Inter embarcou de volta ao Brasil com otimismo. As fisionomias não eram de abatimento mesmo na madrugada de ontem, quando a delegação deixou o Equador e tomou o rumo de casa após uma noite de sono escasso. O gol do Emelec aos 49 do segundo tempo cassou a vitória, mas não a confiança no crescimento do time.

— Foi nosso quarto jogo este ano. Estamos otimistas porque ficou claro: as contratações do Bolatti, do Cavenaghi e do Zé Roberto nos deram outro padrão. Gostei do que vi — diz o presidente Giovanni Luigi.

O treinador também reconheceu a possibilidade de alterar a formação da equipe de acordo com o adversário. Confira na reportagem completa na edição desta sexta de Zero Hora.