| 14/02/2011 19h15min
A aposentadoria de Ronaldo neste momento poderia ser evitada caso o problema do hipotireoidismo tivesse sido tratado logo após o seu diagnóstico. Como a disfunção foi descoberta há quatro anos (quando ainda defendia o Milan), havia mais prazo para o Fenômeno tratar o problema, o que amenizaria a situação e aumentaria as chances de combater a doença. Se um relatório médico fosse apresentado às comissões de controle de dopagem, o atacante seria liberado para usar os hormônios sem correr risco de ser flagrado nos exames antidoping.
Para o médico gaúcho João Zanini, especializado em medicina esportiva, Ronaldo deveria ter começado o tratamento assim que a doença foi diagnosticada. Se a reposição hormonal tivesse iniciado imediatamente após a descoberta do mal, ele já poderia ter controlado a evolução da doença, que torna o metabolismo mais lento, impedindo o indivíduo de perder peso, por exemplo. Ou seja, haveria chance de se obter uma resposta mais rápida ao tratamento.
— Foi um grande erro não ter começado o tratamento imediatamente. Esta não é uma doença comum em homens, ainda mais na idade do Ronaldo — disse.
O Fenômeno, inclusive, não correria o risco de ser punido pelo antidoping porque, ao confirmar a disfunção, só precisaria enviar aos controles de dopagem um relatório com os exames.
Quando se transferiu do Milan para o Corinthians, o atleta comunicou o clube paulista sobre o diagnóstico da doença. Mas ele foi mantida em sigilo. Mesmo com essa dificuldade, Ronaldo sequer pensou em parar de jogar:
— O Corinthians sempre soube de tudo. A decisão de seguir jogando sempre foi voltada para o meu coração e pelo amor ao futebol. Isso me fez superar barreiras. Se para uma pessoa normal emagrecer já é difícil, pra mim é mais complicado. O hipotireoidismo desacelera meu organismo. Todos aqui sabem do meu sacrifício que foi parar de jogar.
Carlos Alberto, do Grêmio, passou pelo mesmo problema de Ronaldo. Ao contrário do Fenômeno, entretanto, o meia-atacante tratou a doença e não tem mais problemas para exercer sua atividade. O jogador nunca foi pego no exame antidoping.
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