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 | 07/02/2011 17h04min

Paixão azurra: o clássico visto das arquibancadas

Torcedor avaiano mostrou confiança na equipe do início ao fim

Melissa Bulegon  |  melissa.bulegon@diario.com.br

A torcida avaiana chegou ao Estádio Orlando Scarpelli sem tomar conhecimento do favoritismo do Figueirense, líder invicto do Catarinense. Com bandeiras, faixas e exalando confiança, os torcedores azurras desejavam mais do que uma simples vitória no clássico: queriam dançar o Créu. As declarações do meia Marquinhos durante a semana resgataram com força total a já tradicional comemoração avaiana. Claudio Vieira, o Leão Mancha, levou até o amuleto que carrega há seis anos para os clássicos.

Nas arquibancadas da casa do rival, o torcedor coloriu o setor E com balões azuis e brancos e fez um barulho ensurdecedor quando a equipe do Avaí invadiu o gramado. Embalados pela charanga da Mancha Azul, os cerca de dois mil torcedores mostravam que, mesmo em menor número, iriam se fazer ouvir no Scarpelli.

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Enquanto uns e outros ainda se ajeitavam nas arquibancadas, o gol repentino do Figueirense, logo aos três minutos, emudeceu o lado azul e branco. Durante alguns instantes, o torcedor parecia não acreditar no placar e recear: será que as previsões sobre a superioridade do adversário estariam se confirmando? Aos poucos, a festa recomeçou e os cânticos tradicionais da torcida voltaram a ser gritados.

Torcedor assiste de pé a partida

A recompensa pelo apoio incondicional veio em seguida. O gol de empate de Rafael Coelho incendiou a ala dos visitantes e as provocações entre as torcidas aumentaram. Como não poderia deixar de ser, nem o juiz Ronan e os auxiliares de arbitragem eram poupados. A cada drible e disputa de bola, o lance era festejado como se fosse único e decisivo. Literalmente, com emoção a altura do maior clássico catarinense.

Com tanta tensão, sentar mesmo, só no intervalo. Foi a pausa para renovar as energias e avaliar o primeiro tempo. Mesmo com tudo igual no escore, os torcedores demonstravam que a confiança não havia evaporado e a crença na vitória se mantinha.
Com uma faixa alusiva ao Créu, Carlos Roberto de Souza, 40 anos, parecia celebridade. Todo mundo queria tirar foto com a tira de tecido confeccionada especialmente para o jogo.

Mais emoção na etapa final

Aos sete minutos da etapa final, a aposta de virada por 2 a 1, do pequeno Carlos Eduardo Venâncio da Silva, 10 anos, parecia estar se confirmando. O gol de William emudeceu o torcedor alvinegro e fez o lado avaiano extravasar. Os mais empolgados até se arriscaram e subiram nas grades de proteção do campo.

Só que, assim como no primeiro tempo, na etapa final o empate não demorou a ocorrer. A cabeçada certeira de Wellington deixou a minoria avaiana no estádio ainda menor. Por pouco tempo. Mais uma vez, os gritos de apoio e as músicas de incentivo voltaram a sair da garganta.

Quando o jogo se encaminhava para os últimos minutos, Jéssica Soares Pires, 20 anos, ainda confiava na vitória. Com as unhas pintadas de azul e a camiseta do clube enrolada na cintura, ela evidenciava tensão em cada lance.

Empate com gosto de vitória

Quando Rafael Coelho acertou a trave, a torcida levou as mãos à cabeça e suspirou. Alguns, mais exaltados, até bradaram xingamentos. Mas, logo depois, Maurício Alves teve a bola do jogo nos pés. E a azurra viu o atacante desperdiçar ao tentar encobrir o goleiro e mandar para fora. Incrédulos, os torcedores perceberam que o placar ficaria mesmo no empate. E nem mesmo a eliminação das semifinais do turno do Campeonato Catarinense impediu que comemorassem como se fosse vitória. Afinal, de desacreditados, os jogadores novamente voltaram a formar um "time de guerreiros".

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