Esportes | 25/01/2011 10h42min
Minutos depois da chegada do Grêmio a Montevidéu, onde nesta quarta há o jogo de ida da pré-Libertadores contra o modestíssimo Liverpool, às 22h, fui cumprimentar Paulo Odone. Gentileza, aí está um artigo em falta com força para mudar o mundo.
Havia algum tempo não falava com o presidente pessoalmente.
E me impressionou o rosto cansado de Odone.
Mais impressionado ainda fiquei com o breve diálogo que tivemos.
Estiquei a mão para o presidente, que prontamente retribuiu. De perto, parecia que Odone havia emergido de um soterramento na região serrana do Rio. Ali estava um homem extenuado após 24 horas demolidoras no Caso Jonas, o goleador que o Grêmio perdeu por uma ninharia por barbeiragens administrativas.
Desde segunda, as relações com a oposição do clube ganharam contornos de inimizade, já que foi a gestão Duda Kroeff a responsável pelo contrato de Jonas. Tomei a iniciativa. Queria conversar sobre o episódio, mas Odone me pareceu tão sem forças que desisti. Disse apenas:
— Que dia, presidente.
E ele respondeu, prendendo os olhos para um ponto fixo além da porta de entrada do hotel e somando os casos Ronaldinho e Jonas:
— Que mês... Que mês!
Hoje o dia em Montevidéu será exatamente para isso. Distensionar o ambiente, quem sabe arrancar alguns sorrisos. Tentar esquecer que o Grêmio abriu o mês projetando um supertime com Ronaldinho e Jonas e agora não tem nenhum dos dois, além de vários problemas para escalar a equipe diante do Liverpool.
Foto: Diego Vara
Se Renato conseguir aliviar a tensão, talvez seja uma obra mais importante do que escalar um time equilibrado para enfrentar o Liverpool nesta quarta, às 22h, no jogo de ida da pré-Libertadores.
Tudo o que o Grêmio não precisa é, além de estar em um estágio físico abaixo em relação ao adversário, entrar em campo tenso e preocupado em excesso.
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