O fascínio por atuar em um grande clube europeu, somado ao quase irrisório valor da multa estipulada no contrato do jogador, € 1,25 milhão, foram os fatores que motivaram Jonas a deixar o Estádio Olímpico às vésperas do início da Copa Libertadores da América. O destino do jogador será a Espanha, onde irá atuar pelo Valencia.

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Em entrevista à Rádio Gaúcha, na tarde desta segunda-feira, o presidente Paulo Odone revelou uma proposta milionária feita pelo clube ao goleador do último Brasileirão. Segundo o mandatário do clube, o Tricolor ofereceu R$ 6 milhões de luvas e mais R$ 600 mil de salário ao atacante para renovar o contrato por mais três anos.

– Chamei os dois irmãos do Jonas na minha sala. Ofereci R$ 6 milhões de luvas ao jogador e mais R$ 600 mil de salário. Mas apareceu esta proposta da Espanha. E eu tentando, até o último minuto. Falei com o departamento financeiro. Temos uma Libertadores e precisávamos do goleador. Mas esta cláusula eu não tinha como combater. Não fomos enganados – afirmou Paulo Odone.

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O presidente disse que no mês de janeiro o empresário de Jonas mudou um pouco de atitude em relação ao Grêmio.

– Ele sempre dizia que preferia ficar no Grêmio. Decidimos fazer um esforço, até que apareceu esta proposta da Espanha, que é irrecusável e bem maior que a do Grêmio. Fui muito insistente, até que eles me disseram que o jogador tinha vontade mesmo de jogar na Espanha.

Odone evitou criticar abertamente a gestão de Duda Kroeff no comando do clube, mas não entende como o clube assinou com o jogador com uma multa rescisória tão baixa:

– O Jonas assinou uma cláusula com a gestão anterior muito aberta. Não tinha como dizer que não sabia. Se fosse do interesse do jogador, o clube era obrigado a aceitar o pedido de rescisão desde que receba a quantia de € 1,25 milhão.

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Para tentar fazer com que a torcida esqueça a saída de Jonas, Odone garante que a diretoria já trabalha forte em busca de um grande nome para o ataque. O presidente também confia na força do atual grupo gremista:

– Quando não trouxemos o Ronaldinho, reuni o grupo e disse que acreditava neles. Agora levamos outra porrada. Sem dúvida o grupo vai sentir, mas tenho convicção de que vai reagir. Temos que tirar água de pedra. Isto faz parte da tradição do Grêmio – disse Odone.

O mandatário do clube acha que a reação de Jonas na partida de sexta-feira, quando xingou o torcedor após marcar o primeiro gol contra o São josé, era um indício da saída do atleta:

– Isto explica a reação dele. Quando o menino tá no ultimo ano de colegio, faz pequenas agressões para marcar seu desligamento – encerrou Odone.