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Esportes  | 05/12/2010 07h10min

Fã de Guiñazu, técnico do Pachuca acredita que chegou a vez de uma zebra no Mundial

Argentino que jogou no Newell’s, o técnico do Pachuca se diz admirador do volante do Inter e acredita que a sua preocupação maior é o Mazembe, primeiro adversário de Abu Dhabi, e só depois pensaria nos gaúchos

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

 

Se depender de Pablo Marini, o treinador do Pachuca, o Inter poderá ter sérios problemas na semifinal em Abu Dhabi. Argentino, como D’Alessandro, Marini assumiu o Pachuca quatro meses atrás. Em 15 jogos, venceu sete, empatou cinco e perdeu três. Ajeitou a equipe, dizem no México. Ex-atacante do Newell’s, ele se declara grande admirador de Guiñazu, até hoje um ídolo do time de Rosário. Não chegaram a atuar juntos, Marini é mais velho, tem 43 anos, e um entusiasmo de principiante.

Na quinta-feira à noite, ZH conversou por telefone com Marini. Estava no Pavilhão Joseph Blatter, uma espécie de centro de eventos do Pachuca. Era a tarde (lá são quatro horas a menos do que em Porto Alegre) de apresentação dos uniformes da Nike para o Mundial. O Pachuca vai de roupa nova, em listras azul-marinho e brancas. Pela terceira vez no Mundial, os mexicanos querem, enfim, fazer história. Em 2007, deram vexame, ficando em penúltimo. Um ano depois, chegaram em quarto, sendo eliminados pela LDU. Talvez, por isso, Marini não queira falar muito sobre o Inter. Os colorados acreditam que enfrentarão o Pachuca no dia 14. 

— Me alegro que o Inter esteja pensando em nós, mas o Inter é a nossa segunda partida. Antes, temos que passar pelo Mazembe — comentou o técnico. — E há 15 dias tenho assistido a vídeos do Mazembe. Não será fácil. Eles têm atacantes fortes e técnicos, parecem vários Drogbas – disse Marini, referindo-se ao atacante marfinense do Chelsea.

O técnico argentino admite que a final mais aguardada é entre Inter e Inter, mas entende que chegou a hora de uma zebra no Mundial. No México, o Pachuca também é apontado como favorito diante do time da República do Congo. 

— A responsabilidade estará conosco. Sonhamos com a final. Acredito realmente que chegou a hora de ocorrer uma surpresa no Mundial. Tomara que o nome dela seja Pachuca — afirmou. 
 


Colombiano Arizala tem sido o destaque do time
Foto: Carlos Jasso, AFP


O Pachuca vem atuando no esquema 4-4-2, com dois volantes, dois armadores, laterais que apoiam muito e atacantes velozes. Os argentinos Manso (campeão da Libertadores de 2008 pela LDU) e Cvitanich (naturalizado croata) são responsáveis por conduzir o ataque mexicano. Com eles, o colombiano Arizala tem sido o destaque do time. Na última partida do Pachuca no Campeonato Mexicano, o 3 a 3 com o Monterrey, ele fez os três gols.

Daquele time de 2007 goleado pelo Inter na final da Recopa (o Pachuca venceu por 2 a 1 o jogo de ida e levou 4 a 0, no Beira-Rio), restou apenas o goleiro colombiano Miguel Ángel Calero, atualmente com 39 anos. É o capitão e dono do time. Segue jogando de boné ou touca. O Pachuca estreará no Mundial contra o Mazembe na próxima sexta-feira. Neste domingo, embarcará para Houston (EUA), de onde partirá rumo a Dubai e depois para Abu Dhabi na segunda-feira. 

— É claro que estou de olho no Inter. Sei que jogou boa parte do Campeonato Brasileiro com os reservas para poupar os titulares. A vida do Inter agora é o Mundial. A nossa também — concluiu Marini.

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