No final de 2010, Paulo Paixão encerra a terceira passagem pelo Grêmio. Multicampeão pelo clube nos anos 90 e no início dos anos 2000, ele não tem mais interesse em exercer a função de coordenador da preparação física a partir da próxima temporada. Paixão quer voltar a atuar na beira do gramado e agora espera um clube interessado.

– Espero ter um sapato velho para um pé descalço por aí. Se, no momento não acontecer nada, vou tirar umas férias. Foi ano duro, de Copa, de perda na Copa, um ano que o Grêmio teve um momento complicado. Agora o Grêmio está no seu devido lugar, por isso eu saio feliz – afirma Paulo Paixão.

Um dos profissionais mais conceituados do mercado, Paixão disse que já havia tomado esta decisão faz tempo:

– Essa decisão já havia sido tomada há bastante tempo, mas hoje, entendo a necessidade de estar aqui explicando. Desde quando o Grêmio começou a ascensão, focamos nosso trabalho para dentro de campo, não havia necessidade de a gente ser o foco nesse momento, mas pelo respeito que temos por vocês, não tinha como não vir falar.

Na próxima semana, a nova diretoria do clube irá conversar com Anderson Paixão. O pai espera que o filho permaneça no Estádio Olímpico:

– Eu acho que o Anderson desempenhou de forma excepcional o trabalho no Grêmio esse ano. Cabe à direção fazer a sua escolha em relação à permanência dele. Eu saio feliz, a gente sabe que teve um momento em que o departamento de preparação física foi colocado em dúvida, mas nada mais, agora, provado a capacidade do Anderson, da fisiologia, da preparação física. Segue a vida.

Se o atual preparador físico do clube não permanecer, a tendência é que Flávio Oliveira, que já trabalhou no Estádio Olímpico, volte ao Grêmio.

Paixão negou que esteja negociando com o São Paulo e disse que, mesmo que tentasse o segurar na função, a nova diretoria não conseguiria reverter sua decisão:

– A função de coordenação esse ano foi nova aqui. O Grêmio tem um preparador físico. A minha intenção é deixar o clube, a gente entende que um profissional já mostrou sua competência, o Anderson sempre andou muito bem com sua capacidade, tem mestrado doutorado, é preparado. Não existe, nem nunca vai existir uma competição entre nós. Eu vou sair, e deixo o cargo para o professor Anderson, que o cargo já é dele.