| 02/12/2010 14h53min
Claro que o ideal seria o Goiás já ir para a Argentina moribundo. A vitória de ontem por 2 a 0 sobre o Independiente, no Serra Dourada, deixa o time de Rafael Moura vivo na final da Sul-Americana.
Se perder por um gol de diferença, fica com o título e extingue a quarta vaga da Libertadores via Brasileirão, liquidando com o sonho de Grêmio e de Botafogo, que se enfrentam domingo no Olímpico.
Mas tem um sintoma do jogo de ontem que mostra como será na próxima quarta-feira. Os jogadores do Independiente, em vez de tentarem descontar o placar, fizeram catimba no segundo tempo.
O que isso significa? Simples: os argentinos estão convencidos de que o Goiás não resistirá ao inferno de Avallaneda.
Na cabeça deles, no campo pequeno e com a torcida enlouquecida gritando o tempo todo, quando menos se esperar a vantagem do Serra Dourada se esfacelará.
Pois acho que estão certos os argentinos. 2 a 0 é pouco para resistir ao que virá em Avellaneda. O time do Independiente é ruim demais, mas a garra e a tradição vencedora contam nesta hora.
O Goiás nunca enfrentou algo parecido na sua história, enquanto em Avellaneda ouve-se uma façanha gloriosa conquistada em vermelhor em cada bar de esquina.
Portanto, Grêmio e Botafogo não devem baixar a guarda no Olímpico. O Goiás terá que suar sangue, a julgar pela serenidade dos argentinos mesmo tomando 2 a 0 ontem.
O curioso é que, quando o Grêmio foi eliminado por este mesmo Goiás logo no início da Sul-Americana, em pleno Olímpico, Renato Portaluppi disse o seguinte, referindo-se a dedicar-se exclusivamente ao objetivo de não ser rebaixado no Brasileirão:
— Talvez tenha sido melhor.
Será que foi mesmo?
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