Cada um tem seu favorito para o Gre-Nal, mas há uma questão de fundo para além do favoritismo e suas justificativas. Por onde o clássico será decidido? De que maneira? 

A resposta está na esquerda.

E não apenas porque os dois times exibem camisas 10 canhotos de qualidade refinada, Douglas e D'Alessandro. No 4-2-3-1 de Celso Roth e no 4-4-2 de Renato Portaluppi, tanto o argentino quanto Douglas têm liberdade para se movimentar por onde bem quiserem. A questão é que os melhores jogadores do Beira-Rio e do Olímpico trafegam por ali.

No caso do Inter, é notório. Kleber e D'Alessandro tabelam de primeira e fazem ultrapassagens pela esquerda. Como Gabriel é o azougue do Grêmio na direita, mais um motivo para o Inter carregar baterias no setor. D'Alessandro se assentará mais nesta zona do gramado do que de costume. E Guiñazu é canhoto. Surge como elemento surpresa, detrás.

O Grêmio alterna o poderio ofensivo com mais ênfase, por conta da qualidade de Gabriel na direita. Mas a presença de Douglas e de Jonas na esquerda é imperativa. O goleador do Brasileirão se acomoda como quem não quer nada, dali corta para dentro em diagonal e dispara o chute mais temido do campeonato. Fábio Santos, se não está no mesmo nível dos dois, ao menos leva algum marcador junto dele, abrindo espaços.

Esquerdas, as respostas do Gre-Nal do Olímpico passam pelas esquerdas.
 

Siga a coluna no Twitter