Esportes | 23/10/2010 15h10min
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No Gre-Nal do próximo domingo no Estádio Olímpico, as categorias de base de Grêmio e Inter jogarão contra o patrimônio. Dos 22 jogadores que iniciarão o clássico, só o goleiro Renan foi formado no clube que defende hoje. Por outro lado, as principais lideranças das duas equipes foram moldadas de acordo com as regras e ensinamentos do rival histórico.
Capitães de Grêmio e Inter no Gre-Nal 383, Fábio Rochemback e Bolívar iniciaram suas carreiras como jogador de futebol na categoria de base do adversário de domingo. A mudança de lado também se aplica ao volante Tinga, que foi revelado no Estádio Olímpico e hoje é um dos principais ídolos da torcida colorada.
Crédito: Paulo Franken, Banco de Dados
Bolívar, apelidado de General depois da conquista da Libertadores em 2006, seguiu os passos do pai, de quem herdou o nome, e rumou para o Olímpico no ano de 1999. Na categoria juvenil, ele atuava como lateral-direito, mas nunca conseguiu uma chance entre os profissionais. Com 20 anos e sem perspectivas dentro do Grêmio, Bolívar aceitou em 2001 o desafio de defender o Guarani de Venâncio Aires. Rodou por Brasil de Pelotas, Joinville, retornou para o Guarani, até receber uma proposta do Inter em 2003. No Beira-Rio, aceitou a mudança de posição que transformaria a sua carreira.
Topou compor o miolo da zaga, se firmou na equipe titular e passou a ser uma das principais peças da equipe de Abel Braga, que mais tarde conquistaria a América. O bom desempenho na competição atiçou o interesse de clubes europeus e, seis anos depois de ser dispensado pelo Grêmio, o zagueiro acertava sua ida para o Mônaco da França. Voltou aos Beira-Rio dois anos depois e, mais uma vez, se tornou uma peça fundamental dentro da equipe.
Já a trajetória de Fábio Rochemback dentro do Inter não encontra semelhanças com a de Bolívar na Azenha. Tratado desde muito jovem como uma promessa, ele não demorou para ganhar oportunidades na equipe de cima. A boa capacidade de marcação, aliada à técnica e a um chute potente chamavam a atenção. Rochemback, com apenas 18 anos, fez sua estreia entre os profissionais em 2000 e não saiu mais.
As primeiras atuações do volante com a camisa colorada foram empolgantes, com direito a gols e passes milimétricos. Não demorou para aparecerem as primeiras convocações para a Seleção. Em 2001, foi convocado para disputar a Copa América, fato que colaborou para o aumento do assédio de clubes europeus. No mesmo ano, o Inter o negociou com o poderoso Barcelona. Depois de dois anos na Espanha, seguiu para o Sporting, de Portugal, passou pelo Middlesbrough, retornou ao Sporting, até acertar com o Grêmio em 2009. No Tricolor, depois de um início conturbado, se firmou com boas atuação dentro de campo e muita personalidade fora dele.
Os capitães formados no rival têm duelo marcado para as 18h30min deste domingo. Se encontrarão junto ao juiz e apertarão as mãos, antes do início da partida. Mas depois que a bola rolar, os dois tentarão provar que a relação com o adversário já faz parte do passado.
Bolívar e Rochemback, formados nos rivais, são líderes nas suas equipes atualmente
Foto:
Montagem sobre fotos de Ricardo Duarte e BD ZH
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