Conversei ontem com o vice de futebol Fernando Carvalho sobre a contratação do zagueiro Rodrigo, ex-Grêmio, desde ontem jogador do Inter. Papo vai, papo vem, fui ao ponto que me interessava.

Rodrigo foi dispensado do Olímpico por indisciplina, certo? Num acesso de revolta, teria arremessado um copo de suco no vestiário, com direito a respingos em uma funcionária. Isso entre pênaltis e outros atos de insubordinação.

Não seria, portanto, arriscado trazer um jogador assim, ainda que a sua capacidade técnica nunca tenha sido contestada, nem mesmo pelo Grêmio, que desistiu dele? E para disputar um Mundial, ainda por cima? Eis a resposta fundamental de Carvalho durante a conversa:

— Ele é administrável.

O homem forte colorado tem informações sobre os episódios que inviabilizaram Rodrigo no Grêmio. Foi atrás delas antes de bater o martelo. E entendeu que, noves fora, a parte futebolística devia falar mais alto diante do negócio de ocasião. 

Faz sentido: o vestiário do Inter nunca foi exatamente um mosteiro budista, e nem por isso a Libertadores deixou de ser reconquistada. Não haveria nada de tão grave assim envolvendo o zagueiro.

Carvalho aposta na sua perícia de raposa para administrar Rodrigo. Que pode, em dezembro, ser chamado a desarmar Sneidjer ou Eto'o contra a Internazionale, em Abu Dhabi.

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