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 | 29/06/2010 04h35min

Ruy Carlos Ostermann: Goleada nos termos de Dunga

Foi uma goleada nos termos estritos de Dunga. O Chile só atacou quando o jogo estava envinagrado, definido, antes prevaleceu com nitidez e garantia o trabalho excepcional do sistema defensivo. Uma linha de zagueiros, Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos, apoiada por três volantes rápidos e decididos, centrados em Gilberto Silva, um dos destaques individuais desse jogo fortemente coletivo, que estava no meio entre Daniel Alves e Ramires. E Kaká, que se individualizou outra vez, teve performance e participação, e grande parte do que se seguiu do time do Dunga passou por ele. Faltou Robinho e também Luís Fabiano, que custaram muito a acertar a troca de passes. Foi uma goleada que antes de se confirmar nos três gols ficou garantida no trabalho defensivo impecável. O Chile não teve ingresso na área brasileira. É um elogio a cada jogador e ao seu técnico.

Outro jogo

E agora o adversário passa a ser a Holanda que vi ganhar da Eslováquia, time médio, mas forte, que resistiu quanto pôde, mas acabou derrotada com justa razão: foi abatida pelo contragolpe engendrado pelos holandeses.

A Seleção teria de repetir a excelência defensiva que teve contra o Chile, mas se trata de outro jogo, muito diferente, mas tão rígido quanto tem sido quase todos nesta Copa. Nada será diferente até o fim dos três jogos.

Ansiedade

A segunda-feira foi consumida na cama até o meio-dia – domingo foi um dia de trabalho, no sol, com e um longo frio na barriga. Só com a Seleção tenho esse frio de estômago e peito. Intromete-se um sentimento de nacionalidade, pertinência e também de perda possível que faz mal.

O café da manhã tardio – ovos mexidos, pão preto, café com leite de máquina, antes mamão e suco de laranja – caiu mal, tive de beber água, imaginei que pudesse estar ficando doente, alguma coisa pelo estômago, mas não era. Era mesmo ansiedade pelo jogo da tarde. Percebi bem quando cheguei ao Ellis Park.

Contra-ataque

Assim como a Alemanha deu uma goleada de quatro na Inglaterra em contra-ataques quase perfeitos, ontem, abrindo a rodada, a Holanda fez o mesmo com a Eslováquia, num jogo gravemente equilibrado e difícil. Salvaram-se os holandeses na velocidade e ímpeto de Robben e no oportunismo de Sneijder, dois contra-ataques de alta velocidade.

A Eslováquia tem qualidade e sustentou bem o jogo. A diferença foi só essa mesmo. O gol de último minuto, de pênalti para os eslovacos, foi erro da arbitragem. Foi impedimento antes. Mas de juizes e seus erros parece que vamos falar sempre.

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