| 23/06/2010 08h58min
Capitão da Seleção Brasileira, Lúcio admite que a defesa falhou nos gols sofridos nos primeiros jogos da Copa do Mundo. Conhecido por demonstrar muita vontade em campo, o zagueiro reconhece necessidade de melhorar e conta que os gols de Coreia do Norte e Costa do Marfim foram assunto entre os jogadores, mas não chegam a configurar um "drama".
— A gente conversa depois dos jogos, ninguém gosta de sair levando gols. Se você analisar os jogos, quando a gente tomou o gol já estava 2 a 0 contra a Coreia e 3 a 0 contra a Costa do Marfim, os dois já no finalzinho. Então não é um drama. A gente tem que melhorar, buscar a perfeição. Não estamos satisfeitos, mas os gols foram num momento tranquilo, um momento oportuno da partida e também da competição — afirmou, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Lúcio se surpreendeu ao ouvir de um repórter a informação de que, no jogo contra Portugal, ele vai superar Pelé em número de partidas de Copa do Mundo disputadas pela Seleção Brasileira. Será sua 15º partida em um Mundial. Faltarão cinco para alcançar o recordista absoluto, Cafu.
— Não sabia, me chama muito a atenção. Fico feliz por isso. É uma coisa importante, que dá cada vez mais motivação. Mas recordes individuais não são o foco principal da Seleção.
Prestes a enfrentar Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores do mundo, Lúcio descarta qualquer marcação especial. Acredita na marcação por setor, com toda a equipe participando. Sobre sua atuação como capitão após um jogo tenso, com expulsão, ele explica como lida com os árbitros:
— Algumas palavras a gente consegue falar em inglês, e tem o Gilberto Silva, que fala bem. A gente sabe que os juízes estão aplicando muitos cartões, sendo rigorosos. Ele tem que apitar o que ele vê, a gente vem aqui para jogar futebol. O árbitro não estava bem posicionado quando expulsou o Kaká. Depois a gente viu na TV que ele não fez nada.
Lúcio fez questão de absolver Kaká, que "não fez nada" para ser expulso, e diz não acreditar que os adversários tentarão desestabilizar emocionalmente o camisa 10 e os demais craques do Brasil.
— Isso nao vai atrapalhar o futebol dele de nenhuma forma — confia.
Lúcio falou também sobre a Liga dos Campeões, quando teve a oportunidade de dar o troco no Bayern de Munique, clube que o dispensou após anos de sucesso.
— Confesso que não fiquei muito feliz. Todos sabem o que eu passei naquele momento. Mas futebol é muito engraçado. Com tantas equipes boas e preparadas, chegaram na final justamente Inter e Bayern. Foi uma alegria chegar na final da Champions contra uma equipe que, de certa forma, não confiou muito no meu trabalho, e poder dar a resposta na final. Foi um dos maiores títulos da minha carreira, com certeza — afirmou.
Questionado sobre as atividades religiosas dos evangélicos na concentração, o zagueiro respondeu:
— Dentro da Seleção não tem culto. Nos reunimos nos momentos oportunos, mas nosso foco principal são os treinamentos, os jogos, que são os objetivos de todo mundo. Isso com certeza não vai tirar a nossa paz.
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