O Brasil não terá representante nas semifinais do Mundial de Clubes masculino de vôlei, que começam no sábado, em Doha, no Catar. Isso porque a Cimed perdeu para o Belchatow, da Polônia, nesta quinta, por 3 sets a 1 (25/22, 18/25, 21/25 e 23/25) e deu adeus às chances de um título inédito para times brasileiros.

O levantador Bruninho disse, logo após a derrota, que o clima na equipe é de decepção:

— Foi decepcionante ficar de fora. Nós sabíamos que buscar o título era muito difícil, mas não ter classificado para as semifinais é uma decepção para todo mundo que acompanha o projeto desde o início.

Eliminação

Não foi a derrota para o time polonês que eliminou a Cimed, segundo Bruninho, Thiago Alves e o técnico Marcos Pacheco. Todos disseram o mesmo: a zebra na estreia custou caro demais. Perder para a base da seleção campeã europeia num jogo equilibrado tudo bem, mas o tropeço contra o Irã ninguém na comitiva brasileira conseguiu engolir.

Sobre a  Golden Formula (nova regra que permite que o primeiro ataque de cada ponto seja feito apenas pelo fundo de quadra), os jogadores foram incisivos em suas opiniões:

— Ridículo testar uma regra dessas numa competição desse porte! — disse Bruninho

— Espero que tenha sido o primeiro e último torneio com essa fórmula! — reclamou Thiago Alves.

Já o técnico Marcos Pacheco foi mais ponderado:

— Não adianta agora usarmos a nova regra como desculpa. Temos que tirar lições e seguir em frente.

Itália pode manter hegemonia

A competição teve apenas quatro edições, todas vencidas por times italianos. E, 17 anos depois do último título, conquistado pelo Mediolanum, de Milão, outra equipe tem chances de manter a hegemonia da Itália: o Trentino, dos brasileiros Leandro Vissotto e Raphael.

Com uma vitória por 3 sets a 0 sobre o Corozal (Porto Rico), ontem, o Trentino terminou em primeiro lugar no Grupo A e vai encarar o algoz dos catarinenses, o Payakan (Irã), em uma das semifinais. Na outra, duelo de gigantes entre o Belchatow e o Zenit Kazan (Rússia).