O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agenor Alvares, afirmou nesta segunda-feira que não está descartada a hipótese de que a adolescente Jacqueline Ruas, que morreu ontem num voo de volta dos Estados Unidos, estivesse infectada por influenza A (H1N1) - gripe A.

Alvares explicou que o teste rápido realizado na jovem, ainda nos Estados Unidos, é considerado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de eficácia de 50%.

- A própria Organização Pan-Americana da Saúde reconhece que 50% dos resultados do teste rápido são falsos - disse.

Diante desse dado, o governo brasileiro vai manter em observação todas as pessoas que estavam a bordo do avião que trazia a vítima de volta de uma excursão à Disney World.

Alvares afirmou, ainda, que se a mesma situação ocorresse no Brasil, qualquer passageiro seria impedido de embarcar se apresentasse os sintomas da gripe A:

- Já orientamos várias pessoas a não embarcarem por apresentar sintomas de gripe.

Segundo a empresa responsável pela excursão que levou a adolescente aos Estados Unidos, Tia Augusta Turismo, Jacqueline viajou para a cidade de Orlando, no Estado da Flórida, no dia 19 de julho e passou mal, com sintomas de gripe e náuseas, no dia 30, quando foi encaminhada a um hospital da cidade.

O resultado dos exames a que foi submetida foi negativo para gripe A e, com isso, a adolescente foi liberada para viajar de volta ao Brasil. Ela se sentiu mal durante o voo e chegou a ser atendida no avião por dois médicos, mas morreu antes do avião aterrissar.

No Aeroporto de Guarulhos, o corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade, onde foi diagnosticada uma pneumonia.