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Geral  | 02/08/2009 17h01min

Menina que morreu em avião teria tomado remédio para gripe A, diz tia

Jacqueline Ruas passou mal durante viagem à Disney, nos EUA

Atualizada em 03/08/2009 às 09h20min

A tia da menina Jacqueline Ruas, Magda da Paz Santos, 39 anos, disse neste domingo, em Guarulhos, que a garota teria sido medicada preventivamente nos Estados Unidos com o medicamento Tamiflu, indicado para pacientes infectados com o virus Influenza A (H1N1).

— O que sabemos é que ela tomou preventivamente Tamiflu — afirmou.

Ela trazia em sua bagagem várias caixas de medicamentos, entre elas a do Tamiflu. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), no boletim de ocorrência, além do Tamiflu, foram registrados os nomes dos medicamentos Syrup (xarope), Motrin (anti-inflamatório), Tylenol, azitromicina, antiácidos, analgésicos e antibióticos.  

Exames feitos pelo Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos, para onde o corpo da jovem Jaqueline Ruas foi levado, confirmaram a causa da morte sendo pneumonia. Outros exames complementares devem ficar prontos em 30 dias, segundo a SSP. 

Jacqueline morreu na madrugada deste domingo após passar mal em um avião que fazia o voo que vinha do Panamá com destino ao aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. A jovem retornava de uma excursão aos parques de diversões da Disney, em Orlando, nos Estados Unidos.

De acordo com a tia, Jacqueline saiu do Brasil há duas semanas em perfeitas condições de saúde, mas começou a passar mal na última quarta-feira. 

Na quarta a menina parecia muito assustada. Ela foi atendida em um hospital em Orlando e de acordo com a tia os médicos diagnosticaram uma virose. O médico que examinou o corpo no Instituto Médico Legal de Guarulhos disse que menina foi vítima de choque séptico.

A menina falou com a família pela última vez no sábado.

— Ontem, ela estava com a voz normal, mas antes estava abalada porque tinha vomitado. Pensamos até que fosse manha de 15 anos — afirmou.

A tia conta que Jacqueline era bastante ativa:

— Ela era uma garota muito saudável, ótima estudante e inteligente.

A família quer mais detalhes sobre a morte.

— Queremos encerrar essa dor e queremos saber o que aconteceu. Vamos investigar isso — disse a tia.

O enterro de Jacqueline deverá ser realizado nesta segunda-feira, no Cemitério das Lágrimas, em São Caetano.

Médico

Por volta das 4h30min, o cirurgião Irineu Raseira Júnior, 41 anos, ouviu uma das comissárias de bordo pedir auxílio de passageiros com conhecimentos de primeiros-socorros.

Ao se voluntariar, o médico, que voltava de viagem com a família, foi ao encontro da jovem.

— Ela já estava em parada cardio-respiratória — contou.

Com auxílio de outro médico que estava no voo, ele tentou reanimar a jovem, em vão:

— Às 5h05min, constatamos que ela estava sem pulsação, com as pupilas dilatadas e fria.

Ainda segundo o médico, Jacqueline não aparentou estar se sentindo mal durante a viagem:

— Ninguém percebeu que ela estava mal.

O fato de ela não responder aos chamados de colegas é que evidenciou que algo estava mal.

Com informações da AE.

 
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