| 25/01/2009 21h26min
União Europeia (UE), Egito, Turquia e Jordânia enviaram neste domingo um sinal de apoio à criação de um governo de reconciliação no território palestino sob a presidência do atual líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
O ministro de Assuntos Exteriores da Autoridade, Riyad al-Maliki, assegurou, após se reunir com seus colegas europeus e de outros países árabes, que "só há uma autoridade palestina legítima, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, a Autoridade Nacional Palestina, e hoje escutamos vozes unânimes de apoio".
Segundo Maliki, "estava claro desde o princípio" que um dos objetivos da ofensiva israelense era a separação entre Gaza, controlada pelos islâmicos do Hamas, e Cisjordânia, dirigida pelo Fatah, e a criação de uma nova entidade na Faixa.
— Não é só que a ANP não aceite, também não vai haver apoio de nenhum país árabe. Cremos na unidade territorial, e trabalharemos para a reconciliação nacional, para superar as
diferenças e reunir os territórios
palestinos — afirmou.
Já o ministro de Exteriores checo e presidente de turno do Conselho, Karel Schwarzenberg, afirmou que, "enquanto o Hamas continuar defendendo o terror e a destruição de Israel, é difícil considerá-lo como um parceiro sério". Ele insistiu em que as passagens para Gaza devem ser abertas de "maneira regular e previsível", assim como na defesa da UE à solução de dois Estados, palestino e israelense.
O ministro checo explicou que, para cumprir o objetivo de deter o contrabando de armas em direção à Faixa, alguns países-membros da UE vão oferecer ao Egito, única fronteira de Gaza à parte de Israel, a ajuda que precisar. Porém, seu colega egípcio, Ahmed Aboul Gheit, respondeu que, para ele, o contrabando não ocorre em sua fronteira, mas no litoral.
A iniciativa europeia de diálogo com as partes em conflito incluiu um primeiro encontro na quarta-feira com a ministra de Exteriores israelense, Tzipi Livni, que se comprometeu a garantir
a entrada de ajuda humanitária na
Faixa de Gaza. Em troca, os ministros de Assuntos Exteriores da UE e o alto representante de Política Externa e Segurança Comum do bloco, Javier Solana, prometeram redobrar os esforços para deter o contrabando de armas em direção a Gaza.
Para isso, os europeus tentaram convencer o Egito, maior mediador para o cessar-fogo, que lhes permita colocar em seu território observadores militares para controlar a passagem fronteiriça de Rafah, única que liga os palestinos com um território que não seja israelense.
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