| 21/01/2009 10h09min
O governo da China, há 60 anos sob o Partido Comunista, censurou trechos do discurso de posse do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quando ele mencionava termos como "fascismo", "comunismo" e "dissidência".
"Lembrem-se que gerações anteriores enfrentaram o fascismo e o comunismo", declarou Obama nesta terça.
Os cortes voltaram a restabelecer a teoria — não confirmada oficialmente — de que a televisão chinesa transmite ao vivo sempre com 30 segundos de diferença para dar tempo de parar o sinal, caso vá se transmitir alguma subversão. Foi assim na Televisão Central da China (CFTV) e hoje na transcrição ao mandarim dos discursos na imprensa local, mas não em jornais com edição em inglês para estrangeiros, como o China Daily, que reproduziram o discurso na íntegra.
A censura oficial contrasta com o "efeito Obama", que ecoou hoje na China entre a simpatia de seus seguidores ou os que ganham dinheiro vendendo camisetas com seu rosto, a
precaução diante de suas promessas
eleitorais e a censura parcial do discurso de posse.
A maioria dos chineses espera que Obama os tire da crise financeira de seu país e que afeta gravemente a China, com 10 milhões de desempregados recentes, porém a censura mostra o descompasso entre o conteúdo político oficial e a simpatia dos chineses pelo novo presidente americano.
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