| 03/12/2008 17h22min
O Brasil sofreu em novembro a maior fuga de divisas em quase dez anos, já que a saída de dólares superou a entrada em US$ 7,159 bilhões, informou nesta quarta-feira o Banco Central (BC).
O saldo negativo não era tão elevado desde janeiro de 1999, quando a saída de dólares do país superou a entrada em US$ 8,587 bilhões, como conseqüência da decisão do governo de desvalorizar o em relação à moeda americana durante a crise financeira.
Em novembro do ano passado o saldo foi positivo em US$ 5,281 bilhões e em outubro deste ano, já como conseqüência da atual crise financeira, foi negativo em US$ 4,639 bilhões.
Apesar da saída de dólares aumentar no Brasil em conseqüência da crise internacional, no acumulado dos 11 primeiros meses do ano o saldo se mantém positivo em US$ 5,39 bilhões.
Esse número deve-se principalmente às transações comerciais com o Exterior, que permitiram o ingresso de US$ 48,02 bilhões no país de janeiro a novembro.
As transações financeiras, por outro
lado, provocaram uma saída de US$ 42,63 bilhões no mesmo período.
Em novembro, a receita comercial mal chegou a US$ 3,139 bilhões, enquanto as saídas subiram a US$ 10,298 bilhões.
O saldo positivo de US$ 5,39 bilhões acumulado este ano até novembro é muito inferior ao do mesmo período de 2007, quando as entradas de dólares ao país superavam as saídas em US$ 82,057 bilhões.
Embora o Brasil tenha conseguido fazer frente à crise financeira em melhores condições do que outros países, a escassez de créditos internacionais e a redução da demanda mundial de matérias-primas já obrigaram várias empresas a reduzir a produção, a oferecer férias coletivas e a despedir empregados.
A produção da indústria brasileira caiu 1,7% em outubro em relação a setembro e os analistas já calculam que o crescimento econômico do próximo ano não passará de 2,8%, enquanto a meta inicial do governo era de 4%.
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