| 06/11/2008 14h08min
O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirmou nesta quinta-feira que as medidas anunciadas pelo governo, como a redução do empréstimo compulsório e o pacote de R$ 4 bilhões que o Banco do Brasil repassará aos bancos das montadoras, são suficientes para afastar o movimento de retração das vendas registrado em outubro, que caíram 11% em relação a setembro e 2,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo o executivo, o setor espera também que o governo de São Paulo anuncie na próxima semana a liberação de crédito da Nossa Caixa para os bancos das montadoras:
— Todas essas medidas resultam das conversas que tivemos tanto com o governo federal quanto com o de São Paulo. A indústria automotiva responde por quase um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Brasil e por isso está recebendo essa atenção do governo.
Schneider reiterou ainda que as projeções da entidade
para 2008 estão mantidas, mas podem
ser revistas. A previsão atual da Anfavea é de que as vendas de automóveis e comerciais leves totalizem 3,060 milhões de unidades este ano, o que representa uma alta de 24,2% na comparação com 2007. As vendas no ano no segmento de máquinas agrícolas devem somar 53,1 mil unidades, com alta de 38,6%.
A Anfavea projeta ainda alta de 15% na produção de automóveis e comerciais leves em 2008, para um total de 3,425 milhões de unidades. Já a produção de máquinas agrícolas deve totalizar 85 mil unidades, com expansão de 30,8% em relação a 2007.
As exportações, por sua vez, devem ficar em US$ 14,5 bilhões, o que representa um aumento de 7,4% ante o ano anterior. Em volume, a expectativa é de queda de 1%, para 780 mil unidades. Schneider adiantou ainda que, com o restabelecimento do crédito, já se pode pensar em um 2009 positivo:
— Temos condições potenciais para crescer em 2009, mas não nos níveis de 2008 — disse. Segundo o executivo, o desempenho de 2009
depende da superação do pessimismo no
mercado mundial, que na sua opinião já começou a melhorar, e ainda ao retorno do fluxo de crédito.
Entenda a crise
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