| 11/09/2008 16h37min
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse hoje que, se o chefe de Estado boliviano, Evo Morales, fosse "derrubado" ou "morto", haveria "sinal verde para apoiar qualquer movimento armado na Bolívia".
— Se a oligarquia e os "pitiyanquis" financiados pelo império derrubarem algum Governo nosso, teríamos sinal verde para iniciar operações de qualquer tipo para restituir o poder popular — disse Chávez em rede obrigatória de rádio e televisão.
O líder se pronunciou no momento em que Bolívia vive pelo terceiro dia consecutivo uma onda de violentos protestos contra o Governo, que começaram no departamento de Santa Cruz na terça-feira e se estenderam a Tarija.
A onda de violência chegou hoje à cidade amazônica de Cobija, capital do departamento de Pando, onde quatro pessoas morreram, segundo relatórios preliminares do Governo boliviano, em um enfrentamento armado entre grupos opositores e partidários de Morales
— Se tivéssemos que
criar um Vietnã, dois Vietnã ou três Vietnã, aqui
estamos dispostos — disse Chávez.
O chefe de Estado venezuelano anunciou que seguirão "pelo caminho pacífico, fazendo a revolução bolivariana", e disse que uma de suas responsabilidades "é evitar a guerra".
Em seu discurso, no qual anunciou a detenção de várias pessoas na Venezuela devido a um suposto complô contra ele, Chávez também se dirigiu ao Governo de Washington para exigir: "Deixe-nos fazer nossa própria história, construir nosso próprio mundo".
— Nascemos para ser livres, não para ser lacaios do imperialismo ianque — disse Chávez, que afirmou ter conversado hoje com Morales e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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