A possibilidade é remota, mas Cicinho pode até continuar defendendo o São Paulo no primeiro semestre de 2006. Apesar de ter definido a negociação com a diretoria tricolor para efetuar a contratação em definitivo do jogador, o Real Madrid, da Espanha, tem em mãos apenas uma opção de compra. Em princípio, o atleta realizou os exames médicos hoje e o clube espanhol prometeu pagar nas próximas 48 horas o valor de US$ 3,8 milhões por 50% dos direitos federativos do jogador brasileiro. Os outros 50% serão pagos apenas quando o passaporte comunitário de Cicinho estiver pronto.

Apesar de Cicinho ter afirmado que pediu para não ser transferido agora para o Real Madrid, pois fazia questão de disputar o Mundial de Clubes pelo São Paulo, a verdade é outra. O clube espanhol já conta com três jogadores estrangeiros e o lateral-direito não pode ser aproveitado nesta temporada. O atleta só acertará sua situação em definitivo quando sair o seu passaporte italiano, o que, de acordo com os seus empresário, deverá ocorrer até o final do ano.

Caso o passaporte italiano de Cicinho não seja emitido até dezembro, o Real Madrid não vai adquirir os outros 50% dos direitos federativos do jogador e ficará sócio do São Paulo. O jogador continuará atuando no futebol brasileiro até que o documento seja regularizado e só depois o clube espanhol pagará os outros US$ 3,8 milhões para contratá-lo em definitivo.

Cicinho tem contrato com o São Paulo até 2008 e não pode assinar outro contrato com o Real Madrid. Por isso, os dirigentes brasileiros e espanhóis firmaram apenas uma opção de compra, que passará a vigorar assim que os US$ 3,8 milhões iniciais caírem na conta do Tricolor paulista. Porém, a negociação em definitivo será oficializada somente após a apresentação do lateral-direito no clube espanhol, que está marcada para após o Mundial de Clubes no Japão. Mas caso o passaporte italiano do atleta não tenha sido emitido, a transação ficará suspensa temporariamente e o jogador seguirá defendendo o Tricolor em 2006.