| 24/03/2005 18h12min
Representantes de diversas entidades ligadas à agricultura familiar do Paraná estiveram nesta quarta, dia 23, discutindo a situação na Secretaria da Agricultura do Estado. Os agricultores, ligados à Comissão Pastoral da Terra, MST, Fetraf Sul, ao Movimento de Pequenos Agricultores e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Palmeira foram recebidos pelo diretor geral em exercício da secretaria, Francisco Carlos Simione.
O diretor esclareceu dúvidas em relação às medidas que estão sendo adotadas pelo Governo do Estado no sentido de tentar amenizar essa situação crítica que afeta hoje grande parte dos pequenos e médios produtores.
– A preocupação com a seca é geral, não só dos agricultores mas de todos os escalões do governo, que está fazendo o que pode para aliviar essa situação – explicou Simione.
Uma das dúvidas da comitiva era sobre a liberação do seguro do Proagro Mais. O representante da CPT Dionísio Vandresen reclamou da demora do Banco do Brasil para realizar os laudos que vão possibilitar o ressarcimento do Pronaf. Para ele, é preciso mais agilidade nesse processo.
– O laudo tem que ser emitido o mais rápido possível, uma vez que o agricultor não pode mexer na lavoura até que ele seja realizado, e quanto mais esse laudo demora para sair, mais tempo perde o agricultor para colher o pouco que restou em sua propriedade – explicou.
Uma das propostas apresentadas pelo grupo, que se prontificou a acompanhar as ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo, foi a de colocar os 120 técnicos agrícolas que atuam hoje nos assentamentos do Estado para auxiliar no processo de emissão de laudos. Simione explicou que a secretaria não pode interferir nesta situação, já que é o próprio Banco do Brasil que determina qual empresa ou qual técnico, entre eles os da Emater, vai realizar a perícia em cada propriedade.
Outra ação do Estado começa a ser realizada pela Codapar, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, que vai disponibilizar 200 horas máquina para cada município em situação crítica. O trabalho começa pelos que já decretaram estado de emergência, onde vão ser perfurados poços artesianos. De acordo com o diretor presidente da Codapar, Ney Caldas, que acompanhou a reunião, a prioridade agora é encontrar água para abastecer não só as famílias, como também os animais.
As informações são do governo do Paraná.