| 10/03/2005 15h56min
Investir na qualificação genética dos rebanhos, promover campanhas que estimulem o consumo e criar mecanismos que protejam os produtores das variações do mercado. Esses foram os principais pontos defendidos no 1º Fórum Estadual do Leite, que ocorreu nesta quarta, dia 9, no auditório central da Expodireto Cotrijal.
Cerca de 350 produtores de várias regiões do Estado participaram do encontro, que durou mais de três horas. Foram quatro palestras com especialistas abordando temas como organização da cadeia produtiva, sistema de remuneração baseado na qualidade do leite e possibilidades tecnológicas para a bacia leiteira do Rio Grande do Sul.
Entre os palestrantes a palavra mais usada foi qualidade. Para o presidente do Núcleo Gestor de Tecnologia para o Setor Leiteiro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Darcy Bittencourt, quem não investir em qualificação ficará de fora do mercado:
– É preciso estimular mais o consumo de leite, partindo de campanhas educativas com estudantes das séries iniciais. Os produtores também têm de fazer sua parte, investindo em melhorias genéticas e na qualidade do produto.
Para o presidente da Associação de Produtores de Leite de Carazinho (Aprolec), Leonel Hammel, é preciso criar uma política específica para o setor.
– Com essa proteção, poderemos mudar a idéia de que é mais importante a produtividade do que a qualidade – avalia.
Hammel prevê que os custos de produção de leite na região de Carazinho devem aumentar 20% em relação ao mesmo período de 2004 e a produção, queda de 30%.
As informações são de Zero Hora.