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 | 05/01/2011 09h53min

Família de turista morto em Florianópolis volta para a Argentina

Mulher e filhos de Raúl Alberto Baldo viajaram na terça-feira à noite

A mulher e os filhos do turista Raúl Alberto Baldo, de 48 anos, morto durante um assalto na praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha, em Florianópolis, voltaram para a Argentina na noite de terça-feira. Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, a família viajou com um jato do governo de Santa Catarina para o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e seguiu viagem em outro avião para a província de Córdoba.

O corpo do turista deve ser levado nesta quarta-feira pela manhã de avião para a Argentina. A partida está prevista para as 10h. Ele deveria ser embarcado na terça-feira à noite e chegou a ser levado durante a madrugada para o Aeroporto Internacional Hercílio Luz, mas o traslado foi adiado por causa de problemas na documentação.

O crime

Raúl foi morto na rua Rodolfo Hickel à 0h53min. A cerca de 200 metros do local do homicídio havia um posto da PM. O turista foi assassinado na frente da família ao brigar com o ladrão. Ele havia acabado de chegar de Santa Rosa de Calamuchita, em Córdoba, e levou a mulher e os filhos para ver o mar.

Enquanto estavam fora do Space Fox, um homem tentou arrombar o carro. O argentino percebeu e brigou com o criminoso. Baleado, Baldo morreu no local. O suspeito fugiu com o carro e todos os pertences da família. Até o momento, ninguém foi preso.

Carro encontrado

Policiais militares encontraram o Space Fox do turista argentino na rua Maestro Villa-Lobos, em um loteamento do bairro João Paulo, na Capital. Moradores avisaram o posto da Polícia Militar (PM) que fica próximo. A equipe de Delegacia de Homícidios da Capital e do Instituto Geral de Perícias foi ao local.

Segundo a equipe, todas as malas foram encontradas no carro, e a primeira informação é de que apenas o notebook foi levado. Todo o dinheiro trazido pela família foi achado nas malas. Na porta dianteira, foram encontradas marcas de sangue.

 
Crime aconteceu em Canasvieiras (Crédito: Julio Cavalheiro)

Imprensa

O crime teve grande repercussão na Argentina. As reportagens ressaltaram que o assassinato ocorreu num dos principais destinos de turistas do país vizinho — Canasvieiras é considerada o reduto dos "hermanos". 

Raúl seria primo de um chefe local da Polícia Federal argentina. O Clarín lembrou outros assassinatos de turistas argentinos em Santa Catarina, como a de Ariel Malvino, de 21 anos, em 2006, em Garopaba.

Policiamento

Após o latrocínio, o secretário da Segurança Pública, César Grubba, mobilizou a chefia das polícias Civil e Militar. Segundo ele, será instalada uma Central de Plantão Policial em Canasvieiras em breve. A unidade será responsáveis pelos plantões policiais à noite e evitará o deslocamento de policiais ao Centro para os registros de flagrante nesse período.

Uma das primeiras medidas, após o caso que chocou a cidade, foi cobrar da Polícia Militar o efetivo de policiais que havia em Canasvieiras na madrugada. A comunicação social da PM informou que eram 38 homens de serviço no Norte da Ilha, o que não impediu o assalto com morte.

Em nota divulgada na terça-feira, o governador Raimundo Colombo lamentou o crime e afirmou que as forças do Estado estão direcionadas para o esclarecimento do caso e para o apoio das vítimas. Além da SSP, o governo do Estado mobilizou a secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, Justiça e Casa Militar na assistência à família estrangeira e para o traslado do corpo.

Assista ao vídeo da RBS TV:

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