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 | 04/01/2011 23h36min

Após morte de turista, central de policia deve ser instalada no Norte da Ilha, em Florianópolis

Decisão foi anunciada depois que um turista argentino foi assassinado por ladrões

Após o latrocínio que causou a morte de um turista argentino durante a madrugada desta terça-feira, no Norte da Ilha, em Florianópolis, o secretário da Segurança Pública, César Grubba, mobilizou a chefia das polícias Civil e Militar. Segundo ele, será instalada uma Central de Plantão Policial em Canasvieiras em breve. A unidade será responsáveis pelos plantões policiais à noite e evitará o deslocamento de policiais ao Centro para os registros de flagrante nesse período.

Uma das primeiras medidas, após o caso que chocou a cidade, foi cobrar da Polícia Militar o efetivo de policiais que havia em Canasvieiras na madrugada. A comunicação social da PM informou que eram 38 homens de serviço no Norte da Ilha, o que não impediu o assalto com morte (latrocínio). 

Em nota divulgada na tarde desta terça-feira, o governador Raimundo Colombo lamentou o crime e afirmou que as forças do Estado estão direcionadas para o esclarecimento do caso e para o apoio das vítimas. Além da SSP, o governo do Estado mobilizou a secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, Justiça e Casa Militar na assistência à família estrangeira e para o translado do corpo.

O presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Canasvieiras, Sebastião dos Santos, disse que os moradores estão indignados com o aumento crescente da insegurança na região. À noite, na rua em frente à praia, usuários de drogas e traficantes costumam dominar a área. Para o Conseg, Canasvieiras está cada vez mais perigosa.

— É um espaço aberto, onde ficam muitos ladrões que cometem roubos e furtos, além de usuários de drogas. Como não existe um policiamento ostensivo, os crimes vão se agravando até chegar a latrocínio e homicídios — desabafou.

Família volta em voo privado

A mulher de Raúl Baldo, de 40 anos, mesmo traumatizada com a morte do marido, cuidou à tarde da documentação e dos atos para a liberação do corpo. Ela não quis conversar com os jornalistas.

Na saída do Instituto Geral de Perícias, dentro do carro da polícia, cruzou os braços num sinal de luto. Os filhos estavam no banco de trás e colocaram as mãos nos rostos. Um policial civil da Delegacia de Turismo foi destacado para transportar a família pela Ilha nos trâmites. 

À noite, os três ficariam num hotel até a manhã, quando devem seguir com o corpo de Raúl Baldos num avião de volta à Argentina. A viagem chegou a ser confirmada para as 20h desta terça-feira pelo governo do Estado, mas foi adiada.

O crime teve grande repercussão na Argentina. As reportagens ressaltaram que o assassinato ocorreu num dos principais destinos de turistas do país vizinho — Canasvieiras é considerada o reduto dos "hermanos". 

Raúl seria primo de um chefe local da Polícia Federal argentina. O Clarín lembrou outros assassinatos de turistas argentinos em Santa Catarina, como a de Ariel Malvino, de 21 anos, em 2006, em Garopaba.

DIÁRIO CATARINENSE
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