| 11/08/2010 06h11min
A certeza de procura infinita pelos poucos ingressos que serão colocados à venda para a decisão da Libertadores contra o Chivas no Beira-Rio, quarta-feira próxima, permitiu à direção do Inter tomar uma decisão pouco simpática.
Haverá aumento no preço. O tamanho da mordida dependerá de uma reunião até o fim da semana.
Mas dá para imaginar a bocarra tomando por base o que foi cobrado na semifinal diante do São Paulo, cujos valores já tinham sido vitaminados. A cadeira saiu por R$ 150, enquanto as arquibancadas inferior e superior bateram nos R$ 60 e R$ 80. É daí para cima.
Ainda não se sabe quando e nem quantos ingressos serão liberados para os sócios por internet, canal de voz e televendas, já que a chance de um não-sócio assistir ao jogo é nenhuma com 104 mil contribuintes cadastrados. É certo que será uma quantidade modesta. Fala-se em 12 mil.
Ontem a Conmebol avisou que fará uso do mínimo de 3 mil lugares fixados em contrato para a Honda e o Santander, patrocinadores oficiais da Libertadores. E há o espaço a ser destinado à torcida do Chivas, ainda uma incógnita.
O argumento da direção é de que todos os clubes do mundo inflam o preço em superdecisões. O São Paulo, de fato, é mestre nesta arte. Reajusta sem dó nem piedade.
É aquela história: quando a demanda é alta, a oferta baixa e há paixão no meio — e este é o caso do futebol —, a chance de encalhar ingresso é pequena. Mas fica a pergunta: se os cambistas entrarem em campo, e eles sempre encontram um jeito sórdido de entrar em campo, quanto poderá valer um lugar no Beira-Rio nesta final? R$ 500? R$ 1 mil, R$ 2 mil?
ZERO HORA