A sensação alemã na Copa do Mundo tem 21 anos e é o jogador com o qual a Argentina deve se preocupar. Filho de turcos, Özil reza antes de cada partida, gosta de ouvir hip hop muçulmano e adora jogar Playstation. Além disso, o Barcelona tem planos de contratá-lo para jogar ao lado de Messi.

O álbum de família dos Özil, em Gelsenkirchen, mostra a evolução na carreira de Mezut, desde o Westfalia 04, clube em que começou a jogar, aos 7 anos de idade, até o Werder Bremen, seu time atual. Passaram-se os anos, mas, nas fotos, os olhos esbugalhados continuam sendo a marca desse novo craque alemão.

Na África do Sul, Özil usa a camisa 8, pois a 10 pertence a um polonês, Podolski. Já em seu clube, ele veste a número 11, enquanto a 10 é usada pelo bósnio Marko Marin. Os três jogam juntos na seleção dirigida pelo técnico Joachim Löw, uma equipe que mescla juventude e a nova composição social de uma Alemanha marcada pela imigração.

Em 2007, quando ainda jogava pelo Schalke 04, Özil foi alvo de uma disputa mais política do que esportiva entre as federações alemã e turca. A pressão para que optasse por defender a Turquia incluiu tentativas de convencimento por parte dos irmãos Halil e Hamit Altintop, ambos nascidos em Gelsenkirchen, mas que defendem a seleção turca. Quando anunciou sua decisão de jogar pela Alemanha, Özil teve de tirar do ar seu site oficial, que foi alvo de insultos de turcos ultranacionalistas.

Desde que tomou sua decisão, o jogador foi aconselhado pelo Werder Bremen a não mais se envolver na polêmica sobre sua dupla nacionalidade, que ainda perdura. Mais preocupado em jogar futebol, Özil foi fundamental para a conquista da Copa da Alemanha pelo Bremen e do Campeonato Europeu Sub-21, ambos em 2009.