| 29/06/2010 08h49min
Historicamente, quando se pensa no futebol alemão, a imagem que temos é de um jogo competitivo, com muita força física, marcação e disciplina tática. Entretanto, a versão 2010 da seleção da Alemanha mostra que é possível combinar todas as qualidades históricas dos alemães, com velocidade, criatividade, técnica e habilidade, em um estilo típico do tradicional futebol brasileiro. E o resultado do trabalho do técnico Joachim Löw tem sido o bom futebol apresentado pela equipe na Copa do Mundo da África do Sul.
A goleada de 4 a 1 sobre a Inglaterra, no último domingo, é mais uma prova que a Alemanha mudou o futebol previsível de outrora, mantendo a tradição da velha escola tricampeã mundial de se defender bem, mas sabendo utilizar o contra-ataque com muita qualidade e velocidade.
Profundo conhecedor do futebol alemão, o ex-atacante Paulo Rink, que chegou a se naturalizar alemão para defender a seleção, acredita no rejuvenescimento da equipe como uma das explicações para a mudança de postura tática.
– O aparecimento de jovens valores mudou um pouco a cara da Alemanha, que passou a ter uma saída melhor de bola e novas opções táticas. A seleção tem Müller caindo pela direita, com Lahm, e a movimentação do Özil. Até mesmo Klose, um jogador de área, sai também para buscar o jogo – explica Rink.
Segundo o ex-jogador, não seria exagero creditar boa parte do sucesso da Alemanha no Mundial ao apoiador Özil, de apenas 21 anos.
– Ele está para a Alemanha assim como Messi está para a Argentina – compara.
A Alemanha enfrenta a Argentina em clássico mundial pelas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul no próximo sábado. Quem vencer avança às semifinais e fica a duas vitórias do título do Mundial 2010.
LANCEPRESS
"Özil está para a Alemanha, como Messi para a Argentina", compara Paulo Rink
Foto:
Roberto Schmidt, AFP