Após um final de jogo dramático e histórico, os campeões mundiais estão fora. Atual dona da taça, a Itália foi eliminada da Copa do Mundo pela Eslováquia nesta quinta-feira. Os eslovacos venceram por 3 a 2, com gols de Vittek (dois) e Kopunek. Di Natale e Quagliarella marcaram para a Itália, que volta para casa com dois empates e uma derrota.

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Quando Howard Webb apitou o fim da partida e o início da festa eslovaca, estabeleceu-se uma marca curiosa: pela primeira vez, os finalistas da última edição da Copa, França e Itália, caem na primeira fase quatro anos depois. O time de Marcelo Lippi ficou em último no Grupo F. Teve jogador italiano chorando. Paraguai e Eslováquia se classificaram. Com três empates, a Nova Zelândia foi eliminada invicta, em terceiro lugar.

Jogo estilo vale-tudo

A partida começou tensa, truncada, com muitas faltas. Os eslovacos pegaram pesado. Porém, os nada delicados Gattuso, Cannavaro e cia. não deixaram por menos. Ao todo, seriam 37 faltas, com oito cartões amarelos.

Sem criatividade, a Itália chegava com pouco perigo. Sempre na ligação direta, ou em lances fortuitos. Nos primeiros minutos, Di Natale bateu de longe, por cima do gol, Iaquinta chutou fraco, também para fora.





Vittek faz o crime

Em seguida, a Eslováquia equilibrou o jogo. Hamsik recebeu sozinho e chutou à esquerda do gol, com perigo. Aos 25 minutos, De Rossi saía jogando, quando foi desarmado por Hamsik. Rapidamente, o habilidoso meia eslovaco colocou Vittek na cara do gol. O centroavante chutou com muita categoria, à direita de Marchetti, para abrir o placar.

Curiosamente, a Eslováquia permaneceu no ataque. Aos 35, na cobrança de falta, a bola foi rolada para Hamsik, que bateu muito forte. Marchetti espalmou, em grande defesa. Aos 47, em um dos lances mais bonitos do jogo, Kucka pegou de primeira, do meio da rua, e mandou um chute incrível, que passou rente à trave esquerda.

Enquanto isso, no ataque italiano, Montolivo tentava alguns chutes toscos. A melhor chance dos atuais campeões mundiais foi numa sequência de escanteios, quando Skrtel cortou para trás, de cabeça, e quase marcou contra.

Tudo ou nada

No intervalo, Marcelo Lippi trocou de lateral-esquerdo — Maggio por Criscito — e colocou o atacante Quagliarella no lugar do volante Gattuso, envolvido em uma série de lances bruscos no primeiro tempo. Com 10 minutos de segundo tempo, o técnico já fez sua terceira substituição, lançando Pirlo e motivando a primeira comemoração da torcida azul. O volante do Milan entrou no lugar de Montolivo, de péssima atuação.

Mesmo assim, a Itália continuou criando pouco. Pelo menos, fazia bastante força. Aos 10 minutos, Di Natale perdeu grande chance, ao receber lançamento de Maggio livre na área. Girou bonito, mas concluiu mal, para fora. Aos 18, Di Natale tentou de fora da área, mas Mucha fez boa defesa no chute colocado. A melhor chance veio aos 22, quando Quagliarella chutou fortíssimo, de dentro da área, e Skrtel tirou de cima da linha. Os italianos ainda pediram a marcação do gol, mas não levaram.

Foi quando a Eslováquia começou a ameaçar nos contra-ataques. Stoch perdeu boa chance aos 25, chutando para fora. Aos 28, após um escanteio, Vittek marcou o segundo.

Final eletrizante

Foi a senha para o início do drama italiano. Após grande jogada de Quagliarella e Iaquinta, Di Natale pegou o rebote e descontou, aos 36 minutos. O lance terminou com briga dentro do gol eslovaco. Mucha e Quagliarella levaram cartão amarelo. Aos 40, Quagliarella marcou outro, mas estava impedido por apenas alguns centímetros, para desespero dos italianos.

No meio da artilharia italiana, em um contra-ataque, Kopunek apareceu no meio da zaga para dar um toquinho por sobre o goleiro Marchetti, aos 44 minutos. Parecia o fim do sonho italiano, mas Quagliarella ainda marcou aos 47. O melhor jogador da Itália em campo fez um dos gols mais bonitos desta Copa, de fora da área, encobrindo o goleiro Mucha.

O jogo, que já era eletrizante, pegou fogo. A Itália teve uma série de escanteios, um atrás do outro. Todo o time italiano foi para o ataque. Os eslovacos caíam por qualquer motivo, mas o árbitro paralisava o cronômetro toda vez. O segundo tempo teve quase 52 minutos. Pepe ainda perdeu a chance de empatar e mudar a história, ao pegar uma sobra e chutar mal, à esquerda. Um gol àquela altura teria classificado a Itália para as oitavas de final.



















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