Figurar entre os quatro primeiros colocados da tabela até a parada do Brasileirão é o projeto do Grêmio, que hoje sequer figura na zona da Sul-Americana. Uma conta que só será fechada com vitórias fora de casa. O jogo contra o Flamengo representa a primeira chance de aproximação do grupo que participará da próxima Libertadores.

Por isso, Silas irá exigir de seu time que se imponha no Maracanã. Quer a mesma postura do primeiro jogo contra o Fluminense, pela Copa do Brasil. Naquela partida, depois de largar atrás, o Grêmio obteve a virada ainda no primeiro tempo, por Douglas e Jonas. Fez o terceiro gol no segundo tempo, outra vez por Douglas. A partida acabou 3 a 2 e deixou encaminhada a vaga na semifinal.

O técnico, contudo, reconhece as dificuldades que qualquer equipe enfrenta longe de seu estádio. Para ele, os jogos contra Santos e Palmeiras foram a comprovação disso.

– Esse medo é mundial. O Milan recua quando enfrenta a Roma fora de casa. Não há um por quê. Mas é preciso reverter esse conceito. Talvez a gente não ganhe, mas também não irá perder – confia.

A atual colocação preocupa o diretor de futebol Luiz Onofre Meira. Ele teme um distanciamento que se torne difícil de reverter a partir de julho.

– Quando o Brasileirão recomeçar, será num nível bem mais equilibrado do que agora. Somente São Paulo e Inter, por estarem focados na Libertadores, poderão deixar a competição um pouco de lado – avalia.

Silas poderá repetir o mesmo time da vitória contra o Avaí. Depende somente da liberação de Joilson, que se recupera de lesão. Caso contrário, irá escalar Bruno Collaço. Douglas, com dores lombares, nem viajou. Com isso, o técnico livrou-se da obrigação de escolher entre ele e Hugo como armador:

– O Hugo não é tão cerebral como o Douglas, mas tem uma ida e volta melhor que a do Douglas. Esse já ocupa mais uma fatia menor do campo, ele é mais assistente. E o Hugo tem cabeceio, não que o outro não faça também de cabeça, já vi ele marcando de cabeça. Mas é por isso mesmo que os dois podem jogar juntos no time.