| 03/05/2010 17h17min
O confronto entre Santos e Atlético-MG nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, promete pegar fogo. Não só porque vale vaga nas semifinais do torneio, mas também pelo desconforto gerado pelas provocações do atacante Robinho. Na festa pela conquista do Paulistão, o jogador pegou o microfone e no palco armado na Vila Belmiro começou a cantar uma música direcionada ao técnico Wanderley Luxemburgo.
— O Wanderley, pode esperar, a sua hora vai chegar — cantou o santista.
Nesta segunda-feira, em participação no programa Globo Esporte, da TV Globo Minas, o comandante do Atlético-MG mostrou-se insatisfeito com a conduta de Robinho, que já foi seu comandado. Apesar de não alimentar polêmica, Luxa condenou o episódio.
— O que os jogadores do Santos fizeram só serve para estimular a violência. Se fosse eu que tivesse feito alguma coisa parecida, já estavam me denunciando no Ministério Público. Mas, como são os "meninos da Vila", é aceito. O futebol precisa de um pouco mais de seriedade — reclamou.
Para criticar o comportamento de Robinho, Luxemburgo também se lembrou do episódio em que o jogador abaixou o caleção de Diego, hoje na Juventus-ITA, durante entrevista da Seleção no Pré-Olímpico do Chile, em 2003.
— Craque joga futebol. O craque é reconhecido dentro de campo, e não abaixando a calça do companheiro em entrevista coletiva. Fico preocupado com o que pode acontecer em um estádio lotado com a torcida do Santos. Tudo isso só serve para incitar a violência — completou Luxemburgo.
Quem também foi citado nos festejos do Peixe e esteve no programa de televisão com Luxemburgo foi Diego Tardelli. Jogadores do Santos começaram a gritar: "Ei, Tardelli..." e a torcida completava a frase com "vai tomar no ...". O artilheiro do Atlético-MG ficou incomodado e disparou contra os Meninos da Vila. Para o camisa 9 foi um ato de molecagem:
— Talvez tenha sido em um momento de empolgação deles, por terem ganhado o título. Mas eu me senti subestimado, não foi legal. A gente merecia mais respeito dos jogadores do Santos, do Neymar. Mas a gente vai resolver isso é dentro de campo. Isso não é coisa de menino, é coisa de moleque — declarou Tardelli.
LANCEPRESS