| 23/03/2010 17h09min
Depois de passar alguns dias longe dos microfones, o presidente do Brasil-Pe, Helder Lopes, resolveu falar. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda, o dirigente disse que contar com o comprometimento de todos dentro do clube é algo difícil. Sem citar nomes, ele afirmou que algumas pessoas não têm dado o máximo pelo Xavante.
– Nem todos estão se comprometendo ao máximo. Mas nós vamos buscar a entrega de todos para reverter esta situação e fazer os 100% de aproveitamento. Essa é a ideia, nós não temos outra alternativa, a não ser as três vitórias, e nós temos que estar todos comprometidos para que o Brasil continue vivo na competição – disse o dirigente.
No encontro com os jornalistas, que durou cerca de uma hora, o mandatário xavante falou de inúmeros assuntos, inclusive sobre pressão interna e externa no clube. Para o dirigente, a pressão da torcida "machuca".
– Mas eu entendo e respeito a manifestação do torcedor. Porque os resultados não vêm satisfazendo, nem a mim, tampouco a eles. Claro que isso me deixa abatido, mas o que me deixa mais chateado nesse momento é realmente a situação do clube. Então, o que eu posso dizer, é compreensível o comportamento do torcedor, até porque as manifestações têm sido feitas de forma ordeira, pacífica, e eu estou com a consciência tranquila. Pois sei que até o momento eu me doei ao máximo para que nós conseguíssemos alcançar os resultados. Lamentavelmente não estamos fazendo uma boa campanha, mas vamos lutar até o final para reverter isso.
O Xavante vive uma situação delicada, ocupando a lanterna da Chave 1 do Gauchão Série B, e está ameaçada de não se classificar à fase seguinte, permanecendo na segunda divisão. O dirigente assume a responsabilidade pela má fase, mas afirma que este não é o momento de apontar culpados.
– A responsabilidade é minha. Obviamente que nós tivemos alguns erros de avaliação ao longo do planejamento para esta temporada, mas eu não vou transferir a responsabilidade para ninguém. Todos nós sabemos aonde erramos, e agora não é o momento de crucificar alguém. É o momento de unirmos forças e tentarmos sair dessa situação desconfortável, independente do que fez o (ex-gerente de futebol Luiz) Parise ou o (ex-treinador) André Luis.
Contratar reforços poderia seria uma solução para a crise. No entanto, o presidente xavante afirma que, neste momento, é difícil encontrar atletas aptos a jogarem, sem precisarem de tempo para preparação.
– Estes atletas ou estão brigando por uma classificação, ou contra um rebaixamento nos campeonatos locais. Então, no momento, eles não podem quebrar o vínculo com o clube. Por outro lado, caso nós consigamos a classificação, já existem alguns atletas contatados e que podem qualificar o grupo na próxima fase – declarou.
O dirigente ainda comentou a situação política do clube. Ele garante que a má fase não leva seus opositores a pressionar seu trabalho.
– Se a maioria dos torcedores, ou até mesmo o Conselho Deliberativo achar melhor que eu saia, nós podemos conversar e acertar a chegada de outras pessoas para dar seguimento às atividades do clube. Na verdade, eu estou aqui à disposição do Brasil. Então, eu não teria nenhum constrangimento, caso fossem indicadas melhoras para o clube, de abrir mão da Direção Executiva – declarou.
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