| 10/03/2010 22h02min
Em uma semana importante para o futuro do Figueirense, que deve decidir a transição de gestão do clube, torcedores e Conselho Deliberativo foram pegos de surpresa. No Boletim de Informativo Diário (BID), da CBF, de segunda-feira, dia 8, as rescisões de contratos de alguns jovens jogadores, inclusive de Lucas e Roberto Firmino, não eram esperadas.
Em entrevista a Fabiano Linhares, repórter da CBN/Diário, Nestor Lodetti, presidente do Conselho Deliberativo, falou sobre a questão das transferência das jovens promessas ao Tombense-MG e sobre os imbróglios entre o Figueira e a Figueirense Participações.
Sobre o contrato, que deve ser desfeito no dia 21 de março, com a sociedade anônima responsável pela gestão do alvinegro, Lodetti acredita que tudo deve ser resolvido ainda nesta semana.
— Nós estamos também com a participação do empresário Eduardo Uran, que representa a carteira da Figueira Participações, que é uma
parceira do Figueirense e
continuará sendo parceira já que esses atletas, em principio, ficarão no Figueirense e aumenta assim o percentual de participação do clube. E, nesse momento, a proposta da Figueirense Participações é um percentual e nós estamos imaginando que se ficarem (os atletas) no clube, com custo para o clube, nos precisamos encontrar um equilíbrio no percentual. Ou seja, tem que diminuir a diferença entre o percentual da empresa e o percentual do clube.
Perguntado sobre a possível saída de outros jogadores, já que não sabia das negociações envolvendo Lucas e Roberto Firmino ao Brazil Soccer, o presidente explicou a situação que o Figueira se encontra enquanto o contrato ainda estiver em vigor.
— Até dia 21 de março, o contrato está em vigor e é a Figueirense Participações que controla a gestão do clube e ela tem autonomia para fazer negociações. O que foi questionado pela torcida é em função de que os atletas são jovens e tem grande futuro. Então a
expectativa do torcedor é
que os atletas de bom rendimento fiquem no clube e contribuam para que os resultados em campo aconteçam, que é isso que interessa a eles e, é claro, ao clube também. E por outro lado, nós, como encaminhamos no dia 26 de fevereiro, ao presidente em exercício (Carlos Aragão), recomendações e uma delas é que ele não liberasse qualquer atleta sem prévia anuência do Conselho (Deliberativo). A surpresa está exatamente nisso, porque o presidente deveria estar alinhado com o Conselho Deliberativo e deveria sim ter discutido previamente essa vendas. De repente o Conselho poderia concordar, só que foi efetuada sem a prévia concordância ou anuência e nos só tomamos conhecimento via imprensa.