| 10/03/2010 09h47min
Os santinhos de Santo Expedito disponíveis nas entradas para jogos do Figueirense não poderiam estar em lugar melhor. No verso, a oração: "devolvei-me a paz e a tranquilidade". É exatamente o que o clube não tem às vésperas de uma transição na gestão do futebol. Na última terça-feira, dia 9, a tensão aumentou nos bastidores.
O clima começou a esquentar na noite de segunda-feira, quando quatro rescisões de contrato foram publicadas no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Entre os nomes, dois destaques do time: Lucas e Roberto Firmino. Eles serão registrados, agora, no clube Tombense (MG), onde o empresário Eduardo Uram, que adquiriu os direitos econômicos dos jogadores, registra os seus atletas.
O presidente do Conselho Deliberativo, Nestor Lodetti, ficou surpreso com a notícia:
— Pedimos ao Figueirense para que qualquer negociação desta natureza tivesse a participação do Conselho Deliberativo — afirmou
Lodetti.
Para o presidente em exercício,
Carlos Aragão, a transação foi uma maneira da Figueirense Participações quitar as pendências financeiras antes da transição, dia 22 de março. Ele explicou ainda que a recomendação do Conselho foi que repassasse as informações através de relatório, o que será feito.
— Tudo isso estará no relatório que vou entregar sexta-feira — explicou Aragão, que deixa o cargo no mesmo dia, quando vence a licença de 45 dias de Norton Boppré.
Apesar de faltar mais de uma semana para a data limite da transição, o presidente do Conselho acredita que não terá novas surpresas, e não teme perder outros jogadores:
— Vamos torcer para que não aconteça — afirmou.
Lucas, Firmino, Alexandre e Talheti, embora vendidos, não deixarão o clube. Eles serão registrados pelo Tombense-MG e emprestados ao Figueira. Enquanto isso, segue o processo de transição. A assinatura do termo de rescisão, prevista para esta quarta-feira, foi
adiada.
— A data não está mantida porque ainda temos alguns
pontos a definir e eles dependem de tratativas — informou Lodetti.