| 22/12/2009 04h46min
Guiñazu não deixará o Inter. Mas a confusão provocada pela procuração que deu ao empresário Fabiano Ventura, para uma possível negociação com o São Paulo, causou constrangimentos ao capitão colorado. Segundo pessoas ligadas ao volante, ele já entrou em contato com a direção do Inter desculpando-se.
De férias em General Cabrera, interior de Córdoba, Guiñazu tem contrato com o Inter até junho de 2012. A multa rescisória bate na casa dos R$ 35 milhões. Guiñazu vale um Pato, com uma cláusula proibitiva para qualquer clube brasileiro.
– Guiñazu ficou muito chateado. Mal conseguiu explicar esta situação à direção ao desculpar-se, por telefone. A procuração não deveria ter vazado – contou um amigo do argentino.
Um sócio do Inter, o empresário de Porto Alegre Fabiano Ventura, foi quem obteve o documento assinado pelo jogador para oferecê-lo no Morumbi. Conversou com o jogador depois da festa da CBF que premiou os melhores do Campeonato Brasileiro – Guiñazu
ganhou como o melhor volante, além de
receber a Bola de Prata da revista Placar.
– Disse a ele: “Guina, hoje há muita pirataria por aí, você vai sair de férias, me deixe uma procuração para que eu possa falar por ti, pois sei de um interesse do São Paulo” – afirmou Ventura.
O desastrado movimento rumo a São Paulo provocou também uma briga entre os empresários. Régis Marques, representante de Guiñazu (e quem o levou do Libertad para o Beira-Rio) acredita que o argentino foi “ingênuo” ao assinar o documento com alguém que mal conhece.
– Ele é puro. Jamais pensou em deixar o Inter. Espero que isso não arranhe a sua imagem – disse Marques.
O incidente também causou desconforto na direção colorada. O vice de futebol, Fernando Carvalho, mostrou-se irritado com os rumores da saída do capitão:
– Nunca existiu a menor chance de reforçarmos um adversário na Libertadores logo com o Guiñazu.