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 | 14/12/2009 14h30min

Ataque, a interrogação do Inter para a Libertadores

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



Não vem o atacante matador, o substituto de verdade de Nilmar. Palavra do diretor de futebol Giovani Luigi no Bate-Bola, da TV COM, ontem.

Virá um lateral-direito, quem sabe um volante para ficar de sobreaviso em uma eventual venda de Sandro ao Tottenham, da Inglaterra. O sonho é Wilson Mathias, do Morelia, do México, mas Luigi está pessimista. Diz que no México sobram dólares e há alguns clubes mexicanos interessados na aposta do Inter. O meia Thiago Humberto, ex-Barueri, já está no Beira-Rio. Por enquanto, é isso.

O certo é que o matador não virá para a Libertadores. Notícia muito ruim para os colorados essa de Luigi.

Tudo bem que o sonho no Beira-Rio é transformar Edu no novo Nilmar. Mas, vamos combinar: Edu é Edu. Se reproduzir seus melhores dias do Betis, ainda assim será apenas Edu. Bom jogador, sem dúvida. Mas Edu não é Nilmar. São estilos diferentes.

Como Alecsandro não vingou como o grande atacante em 2009, Taison terminou o ano em baixa e Marquinhos ainda precisa se firmar, pode-se dizer que o Inter vai começar o ano com um ponto de interrogação: o ataque.

Há Walter, centroavante de ofício comparado a Claudiomiro, recuperado da lesão no joelho. Sei disso. Mas todos estes, à exceção do contestado Alecsandro, são apostas. Em níveis diferentes, mas apostas. O experiente Edu não jogou meia dúzia de partidas seguidas para o torcedor saber se ele reencontrará o futebol que o consagrou na Espanha.

Portanto, é preocupante o Inter abandonar a ideia de ao menos cogitar a tênue chance de contratar um atacante. Nem é preciso repetir que, com Nilmar, vendido ao Villarreal após a Copa do Brasil, o Inter seria campeão brasileiro este ano.

O raciocínio é simples. Em janeiro de 2009, o Inter começou o ano com um camisa 9 incontestável, centro de um time formado ao seu redor. Em janeiro de 2010, não há um atacante nem perto disso no Beira-Rio. É uma diminuição e tanto.

Se alguma das apostas vingar, este panorama pode mudar. Mas hoje, no apagar das luzes da temporada, o ataque do Inter para um ano de Libertadores é um grande ponto de interrogação.


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