Mesmo após a conquista do octacampeonato do Grand Prix, em agosto, o técnico da seleção brasileira feminina de vôlei, José Roberto Guimarães, alertou que seria preciso um trabalho intensivo para melhorar o passe da equipe. O fundamento, então, começou a dominar os treinamentos. Foi assim na atividade desta quarta, no Aryzão, o Centro de Desenvolvimento do Voleibol, em Saquarema (RJ). Tudo para chegar bem na última competição do ano: a Copa dos Campeões, que será disputada entre os dias 10 e 15 de novembro, no Japão.

– Nosso treino tem sido muito baseado no passe e as atletas estão evoluindo. O passe ruim dificulta o jogo. A recepção certa propicia executarmos todas as variações de jogadas. Também temos trabalhado constantemente o sistema defensivo para um equilíbrio na relação bloqueio-defesa. O ponto forte do nosso time é o contra-ataque rápido. Para isso, esses fundamentos precisam funcionar – explicou Zé Roberto.

A Copa dos Campeões será a sétima e última competição de 2009. Depois de vencer as seis anteriores – Montreux Volley Masters, Copa Pan-Americana, Classificatório para o Mundial de 2010, Grand Prix, Final Four e Campeonato Sul-Americano -, o Brasil quer fechar o ano com mais um título.

– O objetivo é terminar 2009 da melhor maneira possível e a expectativa é grande. A participação neste campeonato será muito importante para dar mais experiência ao grupo – analisou o treinador.

A estreia na Copa dos Campeões, no dia 10 de novembro, será contra a República Dominicana. Em seguida, o time enfrentará Japão (11.11), Coreia do Sul (12.11), Itália (14.11) e Tailândia (15.11).

– A Itália será nosso adversário mais difícil. É um time maduro, experiente e que ainda não enfrentamos este ano. As equipes asiáticas (Japão, Coreia do Sul e Tailândia) possuem o jogo baseado na velocidade e apresentam uma defesa forte. Nosso primeiro jogo, contra a República Dominicana, também será muito complicado. Nossa única derrota este ano foi justamente para as dominicanas – disse Zé Roberto, que comandou o Brasil em 40 partidas em 2009 e conquistou 39 vitórias.

Contusões na reta final

Depois de perder a meio-de-rede Fabiana, com uma tendinite no ombro direito, o técnico da seleção brasileira ainda sofre com problemas com outras duas centrais: Adenízia, que está com catapora, e Carol Gattaz com uma lesão no pé esquerdo. José Roberto, no entanto, garante que as duas não preocupam para a Copa dos Campeões.

– A Adenízia está em casa e já está melhorando. Com certeza viajará conosco. A Carol está treinando regularmente, mas sem saltar tanto. Acredito que elas não serão desfalques – contou o treinador.

Mais jogadoras no banco

Para a Copa dos Campeões, a seleção brasileira feminina viverá uma situação nova. Ao invés de 12 jogadoras, cada equipe poderá levar 14 atletas, sendo duas líberos. A equipe nacional terá a experiente Fabi e Camila Brait na posição.

– Vai ser muito bom não só para mim, mas para todas as líberos do país. Todas as posições contavam com jogadoras reservas, menos o líbero. Esta mudança será muito positiva – destacou Camila Brait.