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 | 29/09/2009 22h21min

Ex-ponteira, Fabi diz que posição de líbero veio para salvar os baixinhos no vôlei

Jogadora de 1,69cm admite que não teria a menor chance como atacante hoje em dia

Vinicius Rebello  |  vinicius.rebello@rbsonline.com.br

Com 1,69cm, Fabi é a atleta com menor estatura no grupo da seleção brasileira feminina de vôlei que se prepara para a disputa do Campeonato Sul-Americano, que será realizado em Porto Alegre, a partir desta quarta-feira. Em uma equipe que conta com jogadoras de até 1,96cm, como a meio-de-rede Thaísa, a líbero admite que não teria a menor chance no esporte hoje em dia se continuasse como ponteira, posição que iniciou a carreira:

– É difícil de acreditar, mas já joguei de ponta. Já joguei em outra posição, até porque a posição de líbero é recente. Tem apenas 12 anos. Mas já figurei entre os atacantes no tempo em que os baixinhos ainda tinham vez. Hoje não seria uma jogadora de vôlei caso não existisse a posição de líbero. Ainda continuo sofrendo os preconceitos por ser baixinha. Sempre que rola uma brincadeira, acaba sobrando para mim. Mas esta função de líbero foi um prêmio para quem sonhava jogar vôlei e, por ser baixinha, não podia realizar este sonho – disse Fabi.

A vida de um líbero é complicada. Mesmo que um jogador desta posição consiga fazer um ponto, nas estatísticas, a pontuação não é computada para quem atua nesta função.

– Depois de uma defesa, acontece da bola cair direto na quadra do adversário. A gente sabe que é ponto, mas não pode ser computado para o líbero. Nas estatísticas, o ponto nunca é computado para o líbero, Isto é uma coisa que eu e o Escadinha (líbero da seleção masculina) brigamos faz tempo. Ás vezes, dá vontade de atacar. Principalmente contra Cuba e Rússia, onde o clima esquenta pela rivalidade - brinca Fabi.

Como uma das mais experientes do grupo, Fabi comentou a atual fase do vôlei feminino no mundo. A seleção feminina faturou os cinco torneios que disputou até o momento em 2009, mas as atletas sabem que os adversários estão renovando suas equipes e as brasileiras precisam ficar atentas para que esta supremacia não chegue ao fim rapidamente:

– Depois de Pequim, se iniciou um novo ciclo olímpico onde equipes do mundo todo estão se reformulando, assim como a equipe brasileira. Nestes quatro anos entre uma Olimpíada e outra, tem o Mundial no meio. Vimos uma Rússia muito forte, não conseguimos ver a Itália, que é sempre um adversário forte. Temos observado também os EUA, que são as vice-campeãs olímpicas. A China também. Temos que estar atentos com todos os adversários, principalmente neste começo de ciclo olímpico.

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