| 22/08/2009 05h40min
A seleção brasileira feminina de vôlei nem precisou jogar tão bem como nas três primeiras partidas da fase final do Grand Prix para derrotar a Holanda, na madrugada deste sábado (horário de Brasília), e ficar a uma vitória do seu oitavo título na competição. Com parciais de 25/22, 18/25, 25/20 e 25/16, as campeãs olímpicas se mantiveram invictas (13 jogos no total no Grand Prix) e, se derrotarem as japonesas neste domingo, festejarão mais um título.
A partida contra o Japão encerrará a quinta e última rodada da fase final, que está sendo disputada em Tóquio. O jogo começa às 7h30min de Brasília neste domingo, com transmissão ao vivo da Rede Globo e do SporTV. E as brasileiras poderão entrar em quadra já com a taça na mão, caso as russas percam para as holandesas – nesse caso, a Rússia, além de vencer, depois precisa torcer contra o Brasil para chegar ao título. Antes, no primeiro jogo da rodada, Alemanha e China, que não têm mais chances, se
enfrentam.
O Brasil
começou bem, mas o jogo era equilibrado e depois de dois erros seguidos, de Fabi e Natália, a Holanda virou para 4 a 3. As brasileiras se desconcentraram e deixaram as adversárias abrirem três pontos de vantagem (7 a 4). Para a primeira parada técnica, as holandesas foram à frente no marcador: 8 a 6.
O time brasileiro não repetia as boas atuações anteriores e as holandesas se aproveitaram para voltar a ter três pontos de diferença no placar: 10 a 7. Quando a Holanda fez 12 a 8, o técnico José Roberto Guimarães pôs Sassá no lugar de Natália, que errava passes e não era tão eficiente no ataque como vinha acontecendo.
A modificação melhorou o time, que encostou em 12 a 13. Mas os erros se sucediam e após uma recepção completamente equivocada de Mari, as holandesas fizeram 15 a 12. O Brasil voltou ao jogo após a segunda parada técnica e conseguiu virar para 18 a 17 e abrir para 19 a 17 após erro de ataque holandês. O suficiente para o técnico Avital Selinger pedir
tempo.
A Holanda manteve o
equilíbrio do jogo, sem deixar que o Brasil escapasse no marcador. O bloqueio brasileiro funcionava bem e mantinha o time na frente, mas uma cortada de Mari que significaria o 24º ponto brasileiro foi dado como bola fora pelo árbitro, sob protestos das jogadoras e de Zé Roberto. Assim, o placar ficou em 23 a 22 para as brasileiras. O time do Brasil manteve a calma e conseguiu fechar em 25 a 22 após um belo bloqueio no meio da rede.
A Holanda voltou bem melhor no segundo set e o Brasil irreconhecível. Resultado: 5 a 0 para as holandesas. Mari fez dois pontos seguidos e diminuiu a vantagem adversária. Mas o time holandês estava melhor e foi para a primeira parada técnica do set com 8 a 4 a seu favor.
A equipe brasileira não fazia uma boa apresentação e deixou a rival abrir novamente cinco pontos de vantagem: 10 a 5. O time de Zé Roberto demorou um pouco a entrar no jogo e o treinador deu um berro para ver se acordava as jogadoras em quadra e a diferença holandesa diminuiu
para dois pontos: 13 a
11. As brasileiras passaram a vibrar mais, mas a Holanda foi para a segunda parada com 16 a 13.
Na volta a seleção brasileira melhorou e encostou no placar em 18 a 17. Depois de um erro de Mari na recepção, houve um princípio de discussão que Zé Roberto no tempo que já pedira procurou acalmar. Disse ele que não adiantava ficar discutindo quando o grande problema havia sido no início do set e o time precisava se recuperar. Mas não houve jeito, o Brasil errava muito, a Holanda deslanchou e venceu o set por 25 a 18.
O terceiro set começou como o segundo com dois erros seguidos da recepção brasileira. Em duas jogadas de Fabiana, a segunda num bloqueio pôs tudo igual no marcador: 2 a 2. O Brasil entrou na partida e virou para 4 a 3. O saque e o bloqueio brasileiro melhoraram muito e a equipe foi para a primeira parada técnica do set com 8 a 5. Na volta Thaisa bloqueou duas vezes seguidas e a seleção brasileira foi a 10 a 5. Finalmente as brasileiras passaram a dar o show que
haviam apresentado na
véspera, contra a Alemanha, e abriram oito pontos de vantagem (13 a 5), quando o técnico holandês pediu tempo.
A Holanda voltou melhor e o Brasil novamente apático. Assim, as holandesas fizeram quatro pontos seguidos, o que fez Zé Roberto pedir tempo. Na volta Sheilla errou um ataque de fundo de quadra e a Holanda fez mais um, logo depois outro ponto e o jogo, que estava fácil, ficou complicado: 13 a 11. Mas aí apareceu Thaisa e dois pontos seguidos para o Brasil. Logo depois, em um bom bloqueio as brasileiras foram para a segunda parada com 16 a 11.
A seleção continuou bem e abriu para 18 a 12. Sassá, que entrara no lugar da Natália no primeiro set, atuava bem e dos seus saques o Brasil chegou a 22 a 14. Fabi errou duas recepções, a segunda após uma reclamação de Mari contra a arbitragem que deu fora um ataque seu, e Zé Roberto pediu tempo para acalmar seu time. Deu certo e o brasil fechou em 25 a 20, após uma cortada em diagonal da entrada de
rede.
A seleção brasileira iniciou bem o
terceiro set, mas logo a recepção começou a falhar e a Holanda virou para 4 a 2. Apesar de errar muito, o Brasil voltou ao jogo, e com um belo saque de Fabiana, o jogo ficou empatado em 7 a 7. Logo depois, as holandesas erraram e o brasil foi para a primeira parada técnica com vantagem: 8 a 7.
Na volta, com destaque para Fabiana e Thaisa, a vantagem brasileira foi aumentando e chegou a 11 a 7. O jogo passou a ficar mais tranquilo e o Brasil foi para a segunda parada com 16 a 9. Na volta o ritmo foi mantido e a seleção brasileira caminhou tranquilamente para a vitória depois de uma atuação irregular, mas superior à adversária. E o último ponto veio com Natália, que desta vez não atuou bem, e ficou a maior parte do jogo no banco: 25 a 16.
Times:
BRASIL - Dani Lins, Fabiana, Thaisa, Mari, Natália e Sheilla. Líbero: Fabi. Entraram: Sassá, Ana Tiemi, Joyce, Regiane
HOLANDA -
Kim Staelens, Manon Flier, Francien Huurman, Chaïne Staelens, Ingrid
Visser e Debby Stam. Líbero: Janneke van Tienen. Entraram: Maret Grothues, Caroline Wensink
As informações são do site globoesporte.com