| 04/08/2009 08h19min
Depois da despedida de Fofão, a seleção brasileira feminina perdeu de uma só vez dois cargos de confiança: levantadora titular e capitã. Novata nas duas funções, Dani Lins começa a escrever sua história na equipe e já recebe elogios do técnico José Roberto Guimarães. Segundo ele, a jogadora de 24 anos está muito bem e lembra que o número da camisa escolhido por ela só tem a ajudar.
– Acredito na proteção do número 3. Sou católico e, para mim, o 3 é um número sagrado, pois representa a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Confesso que fiquei bem feliz quando ela escolheu essa camisa, que era da Mari. Mas com a saída da Fofão, pegou a 7 e deixou a 3 liberada. Mas isso é uma coisa da minha cabeça, da minha fé – confessou Zé Roberto.
O primeiro grande desafio de Dani Lins foi neste fim de semana, quando o Brasil estreou no Grand Prix, no qual busca o octacampeonato. Contra Porto Rico, Alemanha e Estados Unidos, no Ginásio do Maracanãzinho, a seleção brasileira venceu com propriedade. Antes mesmo do início da competição, o treinador já havia dito que a levantadora poderia se tornar o coração e alma da seleção. Após as vitórias, Zé Roberto voltou a comentar sobre ela.
– Fisicamente, ela é muito bem dotada. É forte, alta e concentrada. Tem o melhor gesto técnico que eu já vi. Dani esteve muito bem no Grand Prix. Fiquei impressionado com a sensibilidade dela em alguns momentos. Já dá para ver que ela está conhecendo bem o time, pegando o ritmo das companheiras. Mas o mais importante é saber distribuir o jogo. Nisso, ela ainda precisa crescer. Conforme for disputando jogos de alto nível, a Dani vai melhorar – analisou o treinador.
Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, bronze em Atlanta e em Sydney, recordista de títulos no Grand Prix e única atleta brasileira a disputar cinco Olimpíadas, Fofão marcou seu nome na história do vôlei. Ela se despediu da seleção com 38 anos, depois de 17 anos e 340 jogos. Um currículo que poderia intimidar. Mas não a Dani Lins, que está se adaptando a responsabilidade e pretende ter o mesmo sucesso que a antecessora.
– Eu acho ótima essa ideia de substituir a Fofão. O Zé me convocou e estou me esforçando ao máximo. Me dou muito bem com todo mundo aqui e espero seguir na seleção por um bom tempo – contou ela.
As informações são do GloboEsporte.com.
Dani Lins espera construir uma história semelhante à de Fofão na seleção
Foto:
Alexandre Arruda, CBV