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 | 01/08/2009 18h18min

Com brilho do goleiro reserva, Inter decide a Taça BH de Juniores

Rafael Copetti fala sobre sua trajetória e a técnica usada para pegar pênaltis

Vinicius Rebello  |  vinicius.rebello@rbsonline.com.br

A torcida do Inter está vendo nascer, na equipe que disputa a Taça BH de Juniores, uma promessa para o gol colorado. Rafael Copetti, de 18 anos, ganhou destaque nacional depois de entrar faltando poucos minutos para o término da partida contra o São Paulo, pelas quartas-de-final da competição, e defender dois pênaltis. Na semi, contra o Flamengo, a história se repetiu. Com o placar de 1 a 1 se encaminhando no tempo normal, o jogador foi chamado pelo técnico Marcelo Estigarribia com a missão de ir para o campo e fazer uma nova façanha.

Não deu outra. Rafael Copetti, com 1m93cm, entrou quando o jogo já estava quase nos acréscimos e fechou o gol. Com mais duas penalidades defendidas, garantiu o Inter na final do torneio neste domingo, contra o Atlético-MG, às 16h, no Estádio do Mineirão. O Sportv transmite ao vivo a partida. O clicEsportes acompanha no Placar ao Vivo.

Natural de Chapecó, interior de Santa Catarina, Rafael Copetti chegou ao Inter justamente após brilhar em uma decisão por pênaltis. Jogando no time sub-15 do Avaí, o jogador foi o principal responsável pela eliminação do time colorado em um torneio realizado em Florianópolis, no final de 2007.

– O jogo acabou 2 a 2 e foi decidido nas penalidades. Eu defendi três pênaltis e ainda marquei um gol. O Inter mostrou interesse e eu fui – disse Rafael Copetti, em entrevista ao clicEsportes.

Apesar dos números incríveis, o goleiro afirma que não tem nenhuma técnica especial para defender um pênalti:

– O mais importante é estar confiante e manter a concentração. Eu, geralmente, procuro esperar o cara bater. Mas tudo é conversado com meu treinador – revela a promessa colorada.

Outra coisa que vem chamando a atenção dos torcedores colorados é a forma como Rafael Copetti comemora seus feitos. Depois de qualquer grande defesa, o goleiro dá socos no ar, grita e vibra muito por ter evitado o gol do adversário. O temperamento, aparentemente, explosivo dentro de campo, contrasta com a personalidade do jogador fora das quatro linhas.

Nas horas de folga, Rafael Copetti, que mora nos alojamentos do Beira-Rio, prefere uma boa leitura à badalação. Fã dos livros de auto-ajuda, o jogador acredita que isto o motiva para levar em frente a carreira de atleta.

– O livro que eu mais gostei foi o do Bernardinho - Transformando Suor em Ouro. Gosto de livros que mexam bastante com o psicológico. Isto aumenta ainda mais a confiança na hora de entrar em campo. Eu tenho um perfil um pouco mais calmo. Mas sou também um cara bastante brincalhão – disse o goleiro.

Rafael Copetti vem de uma família humilde do interior catarinense. O pai, Pedro Bertoldo, que é policial militar, revela que, antes do filho se firmar goleiro, tentou fazer a cabeça do garoto para que ele tentasse a sorte jogando na linha:

– Desde oito anos o Rafael sonha em ser jogador. Ele começou jogando futsal. Eu não queria que ele fosse goleiro, pois é uma posição ingrata. Mas ele sempre queria jogar no gol. Até que o professor pediu para que ele escolhesse a posição onde queria jogar. Ele foi para o gol e se firmou. Nunca imaginei que ele fosse chegar onde está hoje – revela seu Pedro.

Por ter familiares italianos, Copetti está encaminhando o passaporte europeu. No entanto, o jogador afirma que, antes de brilhar lá fora, quer fazer história vestindo a camiseta do clube do coração:

– É uma alegria a mais jogar no time que sempre torceu. Eu, como tive esta oportunidade, vou fazer de tudo para ficar aqui. Minha cabeça é só do Inter. O sucesso vem com o trabalho – revela o jogador, que tem contrato até o final de 2011 com o Colorado.

Titular da equipe até o final do ano passado, Rafael teve duas sérias lesões no início desta temporada e acabou perdendo a posição. No entanto, isto não o desanima:

– Pra mim é tranquilo. O que você tem que fazer é entrar e ajudar a equipe. Todos que estão aqui, são qualificados – afirma Copetti.

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